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Casa Branca defende Sydney Sweeney após acusações de racismo e objetificação feminina por propaganda de jeans

A estrela de "Euphoria" levantou debate sobre eugenia após trocadilhos com as palavras "jeans" e "genes" em campanha publicitária. (Foto: Divulgação)

A campanha publicitária da atriz Sydney Sweeney em parceria com a marca de roupas American Eagle segue dando o que falar. Após diversas críticas nas redes sociais e na imprensa acerca de uma mensagem de conotação racista trazida pelo subtexto das propagandas, a Casa Branca defendeu a estrela da série “Euphoria”.

Steven Cheung, diretor de comunicação da Casa Branca, utilizou seu perfil oficial do X, vinculado ao poder executivo norte-americano, para culpar “o pensamento liberal” pela repercussão negativa dos vídeos e fotos divulgados pela empresa e por Sweeney na última semana.

A campanha traz a atriz em poses sensuais usando peças jeans da marca e faz um trocadilho com as palavras “jeans” e “genes”, que têm a pronúncia parecida em inglês. O slogan é: “Sydney tem ótimos jeans (genes)”.

“Os genes são transmitidos dos pais para os filhos, muitas vezes determinando características como a cor do cabelo, a personalidade e até a cor dos olhos. Meus jeans (genes) são azuis”, a famosa declara em um dos vídeos. Em outro, ela aparece diante de um outdoor que traz a frase infame: “Sydney has great genes” (Sydney tem genes ótimos).

A acusação de racismo se dá pela ideia de que Sweeney, uma mulher branca, de olhos azuis e cabelos loiros, estaria defendendo a existência de genes superiores a outros. Daí, os paralelos com pensamentos eugenistas que, em teoria, visavam melhorar a genética humana e influenciaram o movimento nazista, por exemplo.

“A cultura do cancelamento está descontrolada. Esse pensamento liberal distorcido, imbecil e denso é um dos principais motivos pelos quais os americanos votaram como votaram em 2024. Eles estão cansados dessa besteira”, Cheung declarou, insinuando que esse tipo de reclamação é que teria incentivado o povo a eleger Donald Trump como presidente dos Estados Unidos no ano passado.

A campanha traz ainda outra vertente — que também foi alvo de críticas. Sydney doará 100% do dinheiro gerado pela peça “The Sydney Jean” — vendida por cerca de R$ 500 — para a organização Crisis Text Line, que oferece apoio psicológico a mulheres que sofreram com violência doméstica. Na visão da web, porém, as poses sensuais e o foco no decote em um dos vídeos não foram o melhor caminho para abordar um tema tão sensível.

Sydney Sweeney e a American Eagle não se manifestaram sobre as polêmicas. (Com informações da revista Monet)

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