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Casas de veraneio estão sendo vendidas e alugadas sem os donos saberem no litoral de São Paulo

Proprietários das residências invadidas na Praia Grande, em São Paulo, foram orientados a ingressar com processo de reintegração de posse na Justiça. (Crédito: Reprodução)

Donos de casas de veraneio de Praia Grande, no litoral de São Paulo, estão encontrando surpresas ao visitar suas residências na praia: algumas delas foram invadidas. Uma das vítimas desse crime foi a empresária Rosângela Pinheiro da Silva. Ela percebeu que sua casa foi ocupada por conta das altas contas de água e de luz. Em novembro, não houve consumo e, no mês seguinte, a conta estava com débito de mais de 250 reais.

Transtorno. 

“O valor era muito além do que eu costumo pagar. Foi então que decidi ver o que estava acontecendo. Ao chegar na casa, notei que tinha gente morando lá”, conta a empresária. Após a constatação, a vítima entrou em contato com a empresa responsável e pediu para que a energia elétrica fosse cortada. Em seguida, houve uma nova surpresa: a residência havia sido alugada por terceiros, que chegaram a firmar um contrato em cartório.

Pedido de reintegração de posse dever ser feito na Justiça. 

“Quando fui fazer um boletim de ocorrência, haviam outras pessoas na delegacia com o mesmo problema. Um policial militar chegou a constatar qual era meu problema antes mesmo de eu chegar a comentar, mostrando que era algo recorrente. Isso é um absurdo”, desabafa. O delegado Flávio Máximo explica que nesse tipo de crime a ação da polícia não é imediata e alerta os donos de residências de veraneio. “A polícia não pode tomar providências de imediato. É necessário que a vítima procure a Justiça e peça a reintegração de posse. Só assim para tirar os invasores do local. Aconselhamos também que as pessoas redobrem a segurança nessas casas para que se evite isso”, explica.

 

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