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Caso Abin: Polícia Federal apreende R$ 1 milhão em moeda estrangeira com alvo de investigação

Outra hipótese é a de que Carlos tenha se valido de aliados na Abin para conseguir informações. (Foto: Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) apreendeu o equivalente a R$ 1 milhão em moeda estrangeira com um dos alvos da investigação sobre o aparelhamento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A quantia foi encontrada na Operação Última Milha, primeira ação ostensiva da PF na investigação, em outubro de 2023.

O material apreendido na ocasião levou a Polícia Federal a pedir autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para fazer buscas na casa e no gabinete do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin, e de outros investigados no caso.

Os mandados foram cumpridos na quinta-feira passada. O deputado nega irregularidades. O parecer enviado ao STF põe sob suspeita a apreensão do dinheiro na etapa anterior.

Alexandre Ramagem na mira da PF

Ramagem, alvo de um mandado de busca e apreensão pela Polícia Federal na última semana, destinou a quantia de R$ 49 mil para uma agência criada por ex-assessores que integraram o chamado “gabinete do ódio” no governo de Jair Bolsonaro. Essa soma foi integralmente reembolsada pela Câmara dos Deputados.

Entre junho de 2023 e dezembro de 2023, ele realizou transferências mensais de R$ 7 mil para a agência. A Mellon Comunicação e Marketing Ltda foi criada, em 17 de maio de 2023, por José Matheus Sales Gomes, Leonardo Augusto Matedi Amorim e Mateus Matos Diniz, ex-assessores do Planalto. Gomes também já atuou como assessor de Carlos Bolsonaro.

Gomes e Diniz estão sob investigação no inquérito das fake news em tramitação no Supremo, enquanto Amorim está atualmente empregado no gabinete do senador Magno Malta, do PL do Espírito Santo.

 

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