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Os casos de coronavírus continuam subindo no Rio Grande do Sul. Número de mortos é de 166

Governo considera 4.040.949 casos recuperados da doença. (Foto: Agência Brasil)

Com 549 novos registros, o Rio Grande do Sul chegou nesta quinta-feira (21) a um total de 5.473 diagnósticos confirmados de coronavírus em 166 municípios. Já o número de óbitos passou de 162 para 166, com a inclusão das mais recentes vítimas, todas idosas. São elas um homem de Lajeado (64 anos), outro de Cruz Alta (61), uma mulher de Garibaldi (70) e outra de Canoas (64).

Com isso, Lajeado (Vale do Taquari) se manteve na terceira posição em casos fatais de Covid-19, com 16 perdas, atrás de Passo Fundo (Região Norte), que soma 25 mortes, e de Porto Alegre, que encabeça o ranking com 26 mortes. Em quarto lugar aparecem Canoas (Região Metropolitana), Bento Gonçalves (Serra) e Venâncio Aires (Vale do Taquari), cada qual com seis óbitos.

Ainda de acordo com o boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual da Saúde), Lajeado subiu para a vice-liderança em número de infectados, com 577 notificações. A capital gaúcha se mantém no topo nesse quesito (601 casos), seguida por Passo Fundo (445). Vale lembrar que, no momento, 3.907 pacientes que residem no Estado constam como curados (há pelo menos 14 dias sem sintomas), o que representa uma taxa superior a 70%.

Ajuda emergencial

Durante reunião virtual com o presidente Jair Bolsonaro na manhã desta quinta-feira, o governador Eduardo Leite e colegas de outros Estados pediram que a primeira parcela do auxílio emergencial para compensar as perdas de arrecadação causadas pelo contexto de pandemia seja repassada ainda neste mês.

Pelas regras aprovadas no Congresso Nacional, o Rio Grande do Sul ficará com um total R$ 1,95 bilhão, dividido em quatro parcelas. “No final de maio, teremos R$ 1,7 bilhão em perda de arrecadação e, se a União repassar o que o projeto propõe, receberemos R$ 500 milhões, então é urgente que haja esse repasse”, frisou o chefe do Executivo após o encontro.

A conversa durou pouco mais de uma hora e também contou com a participação dos presidentes do Senado, senador Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Bolsonaro prometeu sancionar o projeto “o mais rápido possível”.

Como compensação, o projeto congela os salários de servidores públicos da União, de Estados e municípios até o final do ano que vem. Durante a tramitação no Legislativo, parlamentares incluíram no texto categorias que poderiam ter o reajuste.

“Não é unanimidade entre os governadores o apoio ao veto (pelo presidente), mas, da minha parte, há apoio. Acredito que não é o momento de o Brasil, diante do empobrecimento da população que financia o serviço público através de impostos, ampliar as despesas do poder público com aumentos salariais, para os quais não haverá cobertura financeira com receita de impostos”, afirmou o governador gaúcho.

Ainda durante a reunião, Leite reforçou a necessidade de encaminhar ao Congresso o projeto de regulamentação do acordo histórico sobre a Lei Kandir, envolvendo os Estados e com homologação pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Após mais de duas décadas de discussões, R$ 65,5 bilhões devem ser repassados aos Estados até 2037, sendo 25% destinados a municípios.

O Rio Grande do Sul receberá 10% do valor total, sendo R$ 4,9 bilhões para o Tesouro do Estado e R$ 1,6 bilhão a municípios gaúchos. “É urgente que este projeto seja encaminhado ao Congresso e concretizado o repasse dos recursos ainda neste ano, porque também vai ajudar os Estados a cumprirem seus compromissos”, reforçou Leite.

Por fim, o governador do Rio Grande do Sul destacou que foi uma reunião importante em prol da união entre todos os Estados e o governo federal, o que é fundamental para o enfrentamento da pandemia: “Foi uma reunião importante para haver entendimento, ainda que não tenhamos clareza de quando haverá sanção e quando os repasses vão acontecer”.

(Marcello Campos)

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