A imprensa internacional repercutiu nesta terça-feira (13) a cassação do mandato do deputado federal afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ocorrida no final da noite de segunda-feira (12). O jornal americano The New York Times ressaltou que a votação na Câmara foi “esmagadora” e frisou que o Brasil segue mergulhado em uma crise política norteada por escândalos “colossais”. A publicação lembrou que o ex-deputado agora perdeu privilégios que protegem os políticos.
The Washington Post
O site do jornal fala que Cunha é mais um político a cair ante os escândalos de corrupção gigantescos que vêm revoltando os brasileiros. Afirmou que o ex-deputado perdeu apoio do governo que ajudou a levar ao poder e virou “troféu” da oposição.
Le Monde
O jornal francês usou uma frase ameaçadora de Cunha para resumir o caso: “Aquele que assume o papel de juiz hoje deve saber que amanhã ele pode ser julgado”. Segundo o Le Monde, a Câmara não mostrou clemência e Cunha já entrou na votação como “um cadáver político”. O veículo definiu o deputado cassado como “um doutor em falcatruas políticas”.
Daily Mail
A publicação disserta sobre a crise política, a corrupção e a liderança de Cunha para levar Dilma Rousseff ao impeachment. Recordou que ele entrou na política na década de 1990, pelas mãos do ex-presidente Fernando Collor de Mello, o primeiro presidente brasileiro eleito após o regime militar, mas que também perdeu o cargo.
Deutsche Welle
A rede alemã Deutsche Welle destacou que Cunha foi banido da política por oito anos por mentir sobre contas bancárias na Suíça. A DW também ressaltou que Cunha perdeu a imunidade parlamentar e corre o risco de ser preso.