Ícone do site Jornal O Sul

Cassado, Delcídio do Amaral acusa o presidente do Senado de “gangsterismo” e revanchismo

Delcídio do Amaral (E) e Renan Calheiros (Foto: Folhapress)

Logo após a cassação do seu mandato pelo plenário do Senado, Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) acusou o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), de “gangsterismo” por ele ter acelerado a votação que levou à perda de seu cargo para que ela não acontecesse após a votação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Em nota assinada conjuntamente com seus advogados, Delcídio confirmou que irá recorrer da decisão do Senado e repudiou “com veemência” a “forma sorrateira e desleal” com que Calheiros “mancomunou a reviravolta da deliberação da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça” tomada na segunda-feira (09) de adiar a análise do processo do senador.

“A liturgia do rito de cassação foi conspurcada por manobra traiçoeira, típica do gangsterismo que intimida pessoas e ameaça instituições, com o espírito revanchista de quem se julga acima da lei e do Direito”, diz o texto.

De acordo com a defesa, a votação da cassação de Delcídio nesta terça-feira foi feita de “maneira açodada” e reflete uma “retaliação vil à sua condição de colaborador da Justiça”. A manobra para alterar o que fora inicialmente deliberado revela a preocupação de quem pretende manter-se nas sombras da impunidade”, diz a nota.

A defesa do agora ex-senador irá entrar com uma representação criminal contra Calheiros na Porcuradoria-Geral da República para pedir o seu afastamento do cargo, por entender que ele utilizou-se de suas prerrogativas para manipular o plenário da Casa de forma a concluir a votação pela cassação antes da votação do impeachment de Dilma. (Folhapress)

Sair da versão mobile