Foram idas e vindas até Celso Sabino finalmente cumprir a determinação do União Brasil e pedir as contas do Ministério do Turismo, feudo do partido desde o início do Lula 3. Sabino tinha bons argumentos, como a manutenção dos indicados do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em seus respectivos cargos. Em vão. Sem ter como ficar, Sabino tenta virar uma espécie de ministro paralelo, emplacando a braço direito, a nº 2, Ana Carla Machado Lopes, sua secretária-executiva.
Perdeu, mané
O ex-ministro precisa de aliados na pasta para garantir os holofotes. Ele é candidato ao Senado, em 2026, e queria ficar ministro até abril.
Água no chope
Sabino tentou empurrar o desembarque para depois da COP30, em novembro. Mas o azedume do União Brasil com Lula antecipou tudo.
COP é pop
As pesquisas não são animadoras: Sabino beira os 10%, às vezes mais, ou menos. Ele acha que a COP30 poderia alavancar votos.
Reza braba
Apesar da demissão, Lula prometeu tentar atrair caciques do União Brasil para uma conversa. Sabino passará o fim de semana rezando.
‘Ordem superior’ mandou soltar o sócio de Careca
Intrigou parlamentares da CPMI a rápida soltura de Robson Costa, sócio e braço direito de Antônio Carlos Antunes, o Careca do INSS”, horas depois de haver recebido voz de prisão em flagrante por mentir e tentar enganar a comissão. Chamada, a “Polícia Legislativa” levou o preso, mas depois se soube que o havia soltado logo em seguida e sem pagar fiança. Foi mais uma demonstração de que o esquema liderado pelo Careca do INSS tem mesmo apoio político e “costas largas” no Senado.
Costas largas
O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) tem lá suas desconfianças. Acha que Robson Costa foi solto por “ordem superior”, no Senado.
Explicações
Os parlamentares querem exigir explicações do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, único que eles imaginam capaz de haver dado a ordem.
Quem, afinal, soltou?
A rigor, somente o presidente da CPMI ou ministro do Supremo Tribunal Federal teriam poder de soltar o preso, e não o fizeram.
Diz que não estou
Assim como escolheu Gleisi Hoffmann para se vingar da recusa de políticos de centro-direita em ocupar o cargo nas Relações Institucionais, Lula enfrenta dificuldades para substituir Celso Sabino no Turismo.
Ganhando tempo
O interesse de Celso Sabino de ficar no cargo até chegar a Belém no avião presidencial, sexta (3), coincidiu com a necessidade de Lula ter mais tempo para encontrar quem tope virar ministro do Turismo.
Aqui é golpe
Presidente da Colômbia, Gustavo Petro pediu um “exército de salvação da Palestina” e que soldados americanos desobedeçam ao próprio presidente. Não admira que tenha apoiado os narcoterroristas das Farc.
Na nossa conta
Os brasileiros superam, neste domingo (28), a marca de R$2,9 trilhões em (muitos) impostos pagos ao governo, diz o Impostômetro. Em média, o pagador de impostos bancou R$10,8 bilhões por dia, este ano.
Caindo a ficha
O sorriso de Emmanoel Schmidt Rondon na posse como presidente dos Correios, sexta (26), tende a desaparecer quando a ficha vai caindo: para fechar o ano sem falir, a estatal precisa arrumar R$7,4 bilhões.
Protesto por anistia
A oposição a Lula, incluindo Michelle Bolsonaro e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), convocou para 7 de outubro, às 16h, em Brasília, a “Caminhada pela Anistia” com as famílias dos condenados pelo 8 de janeiro.
Café afrodescendente
Denúncia de “racismo” inaugura a bizarrice na Câmara de Municipal de Joinville. O problema foi com as garrafas de café, etiquetadas com “preto amargo” e “preto doce”. Virou queixa na Ouvidoria da Casa.
Davi Malcolumbre
Ali no cafezinho da CPMI do INSS, que apura a gatunagem no instituto, parlamentares se divertem com apelido dado a Davi Alcolumbre. Chamam o presidente do Senado de “Malcolumbre”. Pelas costas, claro.
Pensando bem…
…a mosca azul da Esplanada anda mal das asas.
Poder sem Pudor
Vigilância cidadã
Eleito presidente da CPI dos Correios, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) pôde constatar nas ruas que a opinião pública não aceitaria investigações de meia-tigela. Ele saía de almoço no restaurante “Le Français”, em Brasília, e foi reconhecido pelo motorista de van escolar: “Senador, vê lá, hein?, para não acabar em marmelada!” Delcídio sorriu e fez sinal de “positivo” para o cidadão. O governo Lula (PT) quase caiu.
Cláudio Humberto
@diariodopoder