A China faz uma “revolução dos banheiros” públicos para atrair os turistas e melhorar a qualidade de vida
Pedro Marques
O presidente chinês, Xi Jinping, quer avançar com uma nova “revolução” lançada há dois anos para limpar os notoriamente sujos e malcheirosos banheiros públicos no país, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e alavancar o turismo.
A chamada “revolução nacional dos banheiros” foi idealizada em 2015 como parte dos esforços para tornar os sanitários – em geral, buracos feitos direto no chão, com ou sem louça sanitária, e sem papel – mais amigáveis para o turista estrangeiro.
Segundo o presidente Jinping, o problema dos banheiros “não é uma coisa pequena”, e resolver isso é necessário para criar um ambiente rural e urbano “civilizado”, informou a agência de notícias Nova China.
O país espera ter mais de 70 mil novos banheiros até o final do ano. Outros 64 mil serão construídos, ou melhorados, entre 2018 e 2020, de acordo com o plano de ação da Administração do Turismo Nacional.
Segundo a Nova China, desde que chegou ao poder em 2012, Xi fez visitas ao campo para perguntar aos moradores se faziam suas necessidades em vasos com descarga, ou direto no solo.
As latrinas chinesas assustam potenciais turistas, principalmente ocidentais, com vários posts dedicados ao tema em blogs especializados.
Na China, os banheiros públicos também são conhecidos pela ausência de papel higiênico, roubado por ladrões arrojados que levam rolos inteiros para seu uso pessoal. Em vários lugares, já é obrigatório fazer reconhecimento facial para limitar o uso de porções individuais de papel.
Em comentários no Weibo (o Twitter chinês), os internautas pareciam aprovar o movimento de remodelação dos banheiros no país.
“Apoiem a revolução dos banheiros”, escreveu um usuário. “Sério, seja no campo, ou na cidade, quando dá vontade, é sempre uma luta achar um banheiro decente”, diz outro.
China na Lua
AChina está planejando a construção de uma base lunar controlada por robôs. O anúncio foi feito no simpósio da Academia Internacional de Astronáutica sobre tecnologia espacial avançada, realizado em Xangai, de acordo com o jornal local Global Times.
A estação permitiria a condução de experimentos maiores e mais complexos, que não podem ser realizados atualmente. Além disso, um projeto desse tipo reduziria o custo de outras formas de pesquisa espacial, como a coleta e envio de rochas lunares para a Terra, de acordo com explicação de Jiao Weixin, professor de ciências espaciais da Universidade de Pequim.
Weixin afirma que a base “teria uma melhor eficiência energética que os veículos de exploração lunares, já que a estação pode contar com um gerador solar muito maior”. Assim, poderia dar um impulso no estudo da geografia do satélite natural.
Apesar do plano ambicioso, ninguém por lá tem pressa. A ideia é mandar um foguete carregado com mais de 100 toneladas de carga para iniciar a construção da estação espacial em 2030.