A China declarou nesta segunda-feira (20) que são “falsas” as declarações do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, de que o país considera enviar armas para a Rússia.
“Não aceitamos que os Estados Unidos apontem o dedo para as relações entre China e Rússia, muito menos exerçam coerção e pressão”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Pequim, Wang Wenbin, durante um briefing regular.
Paz e diálogo
O representante chinês cobrou que Washington concentre seus esforços para tentar acalmar a situação na Ucrânia e promover a paz e o diálogo. O porta-voz ainda pediu para que os Estados de Unidos parem de “culpar os outros” e de “propagar informações falsas”.
“Parabenizamos o anúncio da China de que eles querem a paz, porque é isso que sempre queremos buscar em situações como esta. No entanto, precisamos deixar claro que, se houver qualquer esforço dos chineses ou de outros para fornecer apoio letal aos russos em seu ataque brutal à Ucrânia, é inaceitável e cruzaria a linha vermelha”, afirmou a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield.
Forte preocupação
Josep Borrell, alto representante europeu para a Política Externa, afirmou que conversou com Wang Yi, diretor da Comissão Central das Relações Exteriores do Partido Comunista Chinês (PCC), e “expressou sua forte preocupação”.
“Falei com Wang Yi e expressei nossa forte preocupação de que Pequim forneça armas à Rússia. Pedi para que a China não ajudasse Moscou e que isso seria uma linha vermelha em nosso relacionamento. Ele me contou que a China não fez isso”, comentou Borrell.
Auxílio militar
A Alemanha declarou “não ter informações” e “provas” sobre um possível auxílio militar dos chineses aos russos. O porta-voz do governo do país europeu acrescentou que o chanceler alemão Olaf Scholz também conversou com Yi sobre o assunto.
Já o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, pediu para que a China auxilie a Rússia a “se sentar na mesa da paz” e iniciar as negociações para encerrar o conflito. As informações são da agência de notícias Ansa.