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China proíbe grandes acionistas de venderem ações nos próximos seis meses

As ações chinesas perderam mais de 30% dos seus valores desde meados de junho (Foto: Reuters)

A agência reguladora de valores mobiliários da China tomou a medida drástica de proibir que acionistas com participações superiores a 5% vendam seus papéis nos próximos seis meses, em uma tentativa de conter uma queda nos preços das ações que está começando a perturbar os mercados financeiros globais. A CSRC (China Securities Regulatory Commission) afirmou em seu site na noite da quarta-feira (08) que irá tratar com severidade qualquer violação da regra.

A polícia e a agência reguladora de valores mobiliários da China estão investigando mais de dez pessoas e organizações por “má intenção” nas negociações das ações, informou nesta quinta-feira (09) a agência Reuters, citando o jornal estatal China Securities Journal. A investigação é focada nas vendas de blue chips (as mais negociadas).

A proibição também parece se aplicar a investidores estrangeiros que detêm participações em empresas listadas nas Bolsas de Xangai ou Shenzhen, embora a maioria de suas participações seja inferior a 5%. Separadamente, os principais acionistas dos maiores bancos chineses, incluindo ICBC e empresas como a Sinopec, prometeram manter suas participações e aumentar suas cotas nas companhias listadas.

As ações chinesas perderam mais de 30% dos seus valores desde meados de junho. Para alguns investidores globais, o medo de que a turbulência no mercado chinês desestabilize a economia mundial é agora um risco maior do que a crise na Grécia. (AG) 

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