Ícone do site Jornal O Sul

Cidades receberão 5 milhões de reais para a refrigeração de vacina contra o coronavírus

Somente em relação à segunda dose, há 786 mil pessoas em atraso. (Foto: Rodrigo Nunes/MS)

O Ministério da Saúde repassou R$ 59,4 milhões para que os estados invistam na chamada “rede de frio”, ou em equipamentos usados na refrigeração de vacinas e de salas de imunização, como câmaras refrigeradas, freezers e ar-condicionado. A portaria foi publicada nesta segunda-feira (7) no Diário Oficial.

O objetivo é dar incentivo financeiro para que estados fortaleçam o “Programa Nacional de Imunizações, promovendo resposta qualificada e efetiva ao serviço de imunização nacional para o enfrentamento da Covid-19”.

A distribuição do dinheiro para a compra de equipamentos de refrigeração varia conforme o tamanho da população. São Paulo e Rio de Janeiro são os Estados que receberão os valores mais altos: R$ 11,3 milhões e R$ 4,8 milhões, respectivamente.

Das quatro vacinas na fase final de testes no Brasil, três precisam de um resfriamento entre 2 e 8 graus e uma precisa ser conservada a pelo menos 70 graus negativos – a vacina da Pfizer/BioNTech, que foi aprovada pelo Reino Unido.

Plano de vacinação

O Ministério da Saúde ainda não divulgou o plano definitivo de vacinação contra a covid-19. Na semana passada, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, disse que o plano só ficará pronto quando a vacina estiver registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Ele também ressaltou que a vacina que será administrada precisa ser termoestável, ou seja, que não precise de baixíssimas temperaturas de armazenamento, como ocorre com candidatas da Pfizer e da Moderna.

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) já havia alertado que países nas Américas não estão prontos para receber vacinas contra a covid-19 baseadas em RNA (material genético), que precisam ser armazenadas em temperaturas muito baixas.

São Paulo

O governo de São Paulo disse nesta segunda que o plano de vacinação com a CoronaVac começa no dia 25 de janeiro de 2021. O primeiro grupo a receber a vacina contra o coronavírus engloba profissionais de saúde, indígenas e quilombolas de todo o Estado.

Produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, a vacina ainda está na terceira fase de teste, em que a eficácia precisa ser comprovada antes de ser liberada pela Anvisa. A previsão do governo de São Paulo é a de que os documentos sobre a CoronaVac sejam entregues à Anvisa no dia 15 de dezembro.

Segundo o anúncio, a primeira fase da vacinação será voltada ao grupo prioritário, que também inclui idosos com 60 anos ou mais, e dividida em cinco etapas.

De acordo com o governo, 9 milhões de pessoas serão vacinadas nessa primeira fase.

“O público-alvo da primeira fase da vacinação são as pessoas com 60 anos ou mais, que correspondem a 7,5 milhões de pessoas, trabalhadores de saúde, que são os nossos grandes agentes na linha de frente salvando vidas, quilombolas, indígenas, que são 1,5 milhão de pessoas e a prioridade são os trabalhadores de saúde, num total de 9 milhões de pessoas”, disse Regiane de Paula, coordenadora do controle de doenças da Secretaria Estadual da Saúde.

Sair da versão mobile