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Cientistas da Nasa prometem encontrar ETs nesta década

Um dos lugares mais cotados para abrigar ETs de verdade são os mares gelados das luas Europa, de Júpiter e Encelado de Saturno. (Foto: Reprodução)

Estamos perto de encontrar vida no espaço exterior. A opinião é de cientistas da agência espacial americana Nasa. Eles acham que a grande descoberta pode acontecer ainda este ano. Ou no máximo antes do final da década. Ellen Stefan disse acreditar que teremos fortes indicações neste campo nos próximos anos. Thomas Zurbuchen concorda com ela e diz que com tantas pesquisas nesta área estamos à beira de uma “descoberta profunda”.

Mas não se trata daqueles seres humanoides cinzentos, que aparecem em filmes como “Contatos Imediatos”. A vida extraterrestre vai ser tão diferente de nós quanto as criaturas que habitam as profundezas do oceano. Na verdade um dos lugares mais cotados para abrigar ETs de verdade são os mares gelados das luas Europa, de Júpiter e Encelado de Saturno. Esses extraterrestres seriam criaturas aquáticas, vivendo na escuridão total, perto de vulcões submarinos. Em Europa o oceano encontra-se perpetuamente coberto por uma capa de gelo de um quilômetro de espessura.

Sondar esse mar gelado é a missão da sonda Europa Lander que deve decolar em 2025. Ela vai pousar na calota de gelo de Europa e procurar por “bioassinaturas” no gelo. Ou seja, vestígios de matéria orgânica. No caso da lua Encelado, de Saturno, a pesquisa será mais fácil porque existem vulcões que esguicham água morna de fendas no gelo. Uma nave que penetra nessas plumas de vapor poderia recolher bactérias e outras criaturas vindas do oceano abaixo.

A Nasa também está preparando o lançamento de um novo carro robô, o “Perseverance”, que vai decolar para o planeta Marte no dia 17 de julho. Seu objetivo é pousar na cratera Jezero em fevereiro de 2021. A cratera, de 45 quilômetros de largura, já teve um lago em seu interior e é um ótimo lugar para procurar por vida marciana que ainda poderia existir no subsolo. Além de um conjunto de perfuratrizes, para escavar o solo, o Perseverance leva um drone capaz de voar na atmosfera marciana fazendo suas próprias sondagens.

Nesta década também deve entrar em ação o telescópio espacial James Webb. Que será capaz de analisar, espectroscopicamente, a atmosfera de planetas extrassolares. Ou seja, aqueles milhares de planetas que orbitam outras estrelas além do Sol. Teoricamente ele seria capaz de detectar a existência de compostos associados com a existência de vida nesses mundos. Muitos planetas extrassolares são mundos gasosos, como Júpiter e Saturno, mas isso não elimina a possibilidade de abrigarem algum tipo de vida. Criaturas que flutuariam nas nuvens, cheias de gás como se fossem balões vivos.

A busca por sinais de rádio ou laser, emitidos por outras civilizações, também continua muito ativa e sempre existe a possibilidade de captarmos alguma transmissão inteligente. O problema é que essas criaturas de estrelas distantes poderiam estar em um grau de desenvolvimento milhares de anos além do nosso. E é pouco provável que se interessem por manter contato com criaturas tão atrasadas quanto o Homo Sapiens.

O fato é que quando abordamos a possibilidade de um encontro com vida extraterrestre devemos abandonar o antropomorfismo. Todas as criaturas que vivem hoje no planeta Terra compartilham da mesma química básica e dos mesmos ancestrais genéticos. E, no entanto, temos seres tão diversos quanto girafas, falcões peregrinos, estrelas do mar e baleias azuis. E quando pensamos no tipo de vida que pode existir lá fora, as possibilidades são ilimitadas. É possível que algumas das criaturas das estrelas tenham uma química totalmente diferente da nossa. Com o silício substituindo o carbono, redes neurais implantadas em estruturas cristalinas ou nuvens gasosas.

 

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