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Cientistas espanhóis descobriram uma mutação que bloqueia a via de entrada do vírus da aids em organismos

O trabalho foi realizado por pesquisadores do IrsiCaixa, entidade espanhola de parceria público-privada. (Foto: Reprodução)

Cientistas do Instituto de Pesquisa da Aids IrsiCaixa identificaram uma mutação genética em pessoas com aids que bloqueia a entrada do vírus HIV (Vírus de Imunodeficiência Humana, em português) em células do sistema imunológico, ao impedir a produção de uma proteína que facilita sua penetração no organismo.

O estudo, publicado na revista “Nature Communications”, demonstra que esta mutação genética impede a produção da proteína Siglec-1, que facilita a penetração do HIV nas células mieloides, o que abre a porta para desenvolver fármacos complementares aos atuais que bloqueiem esta proteína sem efeitos colaterais.

O trabalho foi realizado por pesquisadores do IrsiCaixa, entidade espanhola de parceria público-privada, e da Universidade de Lausanne, da Suíça, junto com dois grupos de estudo. “O estudo da genética humana e das pessoas que carecem de um receptor de maneira natural nos forneceu muita informação sobre futuros tratamentos a desenvolver”, destacou Nuria Izquierdo-Useros, pesquisadora que co-lidera o estudo junto com Amalio Telenti, do Instituto Craig Venter, na Califórnia (EUA). Um mecanismo-chave no processo de disseminação do HIV no organismo é a infecção de suas células-alvo, os linfócitos T-CD4, através das células denominadas mieloides.

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