Ícone do site Jornal O Sul

Cientistas observam chuva de elétrons que dá origem a um fenômeno brilhante no céu

Aurora Boreal é vista perto da vila de Pallas, em Lapónia, na Finlândia. (Foto: Reprodução)

O fenômeno que dá origem à aurora pulsante foi observado diretamente pela primeira vez em estudo publicado nesta quarta-feira (14) na revista “Nature”. A aurora é um fenômeno visual impressionante, de várias cores, que ocorre geralmente no céu de regiões polares.

No caso da aurora pulsante, o evento ocorre na magnetosfera, região da atmosfera em que o movimento de elétrons é comandado pelo campo magnético terrestre.

O campo magnético da Terra é a capacidade que o planeta tem de atuar como um imã gigante, exercendo influência nos objetos ao seu redor.

A hipótese de cientistas até agora é que o fenômeno da aurora pulsante surge pelo encontro de massas subatômicas com ondas eletromagnéticas conhecidas como coros.

O que os cientistas conseguiram observar foi uma evidência direta da origem da aurora pulsante: uma verdadeira chuva de elétrons envolvida em ondas de plasma (estado físico da matéria similar ao gás, mas com partículas ionizadas).

O estudo teve como primeiro autor Satoshi Kasahara, pesquisdor da Universidade de Tóquio.

Kasahara e colegas também observaram que as ondas de coros fizeram com quê os elétrons se dirigissem à atmosfera. “Nós, pela primeira vez, observamos diretamente a dispersão de elétrons por ondas de coro na atmosfera da Terra”, disse Kasahara, em nota sobre o estudo. “O fluxo de elétrons foi suficientemente intenso para gerar aurora pulsante.”

As evidências foram obtidas a partir de imagens sofisticadas de satélite de uma espaçonave posicionada em uma linha do campo magnético e também pelo estudo da atmosfera terreste.

 

Sair da versão mobile