A cirurgia plástica é muito mais do que um recurso voltado à estética. A especialidade médica tem papel essencial no tratamento de diversas patologias e em situações que exigem reconstrução. Seja em casos de câncer de pele, correções após acidentes, queimaduras ou no tratamento de cicatrizes e queloides, o objetivo principal é restaurar a saúde, a funcionalidade e a autoestima dos pacientes.
Segundo o cirurgião plástico Marcus Vinicius da Silva Coimbra Filho, que atua no Hospital São José de Criciúma, a atuação da especialidade busca sempre equilibrar eficiência clínica e resultados estéticos. “O objetivo é garantir a retirada completa das lesões, preservando ao máximo a estética e a funcionalidade da região afetada. Esse cuidado impacta diretamente na autoestima e na qualidade de vida do paciente”, afirma.
O especialista explica que, em determinados casos, é possível integrar diferentes áreas da medicina para tornar o procedimento mais seguro. “Durante a cirurgia, podemos trabalhar em parceria direta com o patologista. Por meio da análise por congelação, conseguimos confirmar em tempo real se todo o tumor foi retirado com margem de segurança. Esse processo evita reoperações e proporciona resultados mais eficientes e seguros para o paciente”, detalha Coimbra.
Além das intervenções relacionadas ao câncer de pele, a cirurgia plástica também é amplamente utilizada em casos de cicatrizes e queloides. Essas formações são resultado de uma cicatrização anormal, em que o tecido cresce de forma exagerada e ultrapassa os limites da ferida original. “Os queloides podem surgir após cirurgias, traumas, piercings ou até mesmo acne. Em pessoas com predisposição genética, a chance é maior”, explica o médico.
Os tratamentos podem incluir diferentes técnicas, de acordo com a necessidade de cada paciente. Entre as opções estão ressecção cirúrgica, infiltração de medicamentos, betaterapia e até o uso de tecnologias modernas, como o laser. Independentemente do método, o foco é sempre devolver conforto físico e bem-estar emocional. “Pacientes que sofrem com cicatrizes doloridas ou esteticamente incômodas encontram na cirurgia plástica uma forma de resgatar a autoestima”, reforça Coimbra.
O avanço da tecnologia e das técnicas cirúrgicas também tem ampliado as possibilidades de tratamento e recuperação. Hoje, os procedimentos são cada vez mais seguros, menos invasivos e apresentam resultados mais naturais. “No contexto reparador, a cirurgia plástica tem um papel transformador, devolvendo dignidade, função e autoestima aos pacientes”, conclui o especialista.