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Com o aumento do desemprego, 851 milhões de reais deixam de entrar no FGTS

Além da redução da arrecadação, o aumento do desemprego elevou os saques do FGTS em 14% até maio (Foto: Sérgio Castro/AE)

O aumento do desemprego e a queda na renda do trabalhador reduziram em quase 10% a arrecadação líquida do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) nos primeiros cinco meses do ano. A diferença entre os recursos arrecadados e os saques feitos foi de 7,664 bilhões de reais.

A queda coloca em risco as metas de investimento do fundo, que previa aplicar neste ano o valor recorde de 77 bilhões de reais em habitação, saneamento e infraestrutura. O Conselho Curador do FGTS projeta ao fim do ano uma entrada líquida de 14 bilhões de reais, queda de 24% em relação ao ano de 2014.

Mas a estimativa já é considerada otimista pelo governo devido ao risco de que a queda no emprego e na renda se acentuem neste segundo semestre. A projeção oficial considera uma queda de 41% na média mensal da arrecadação líquida a partir de junho em relação aos cinco primeiros meses do ano. Além da redução da arrecadação, o aumento do desemprego elevou os saques do FGTS em 14% até maio. A arrecadação bruta do fundo avançou menos, 9,4%.

O desempenho do FGTS vem perdendo força no momento em que o Congresso quer aumentar a remuneração das contas e o governo tem recorrido ao fundo para financiar habitação, compensando a falta de dinheiro da caderneta de poupança. O governo descarta a possibilidade de os saques superarem as entradas neste ano. Está preocupado, porém, com a proposta apresentada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que praticamente dobra a correção dos saldos dos trabalhadores no FGTS.  (Folhapress) 

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