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Com medo de desembarque do PMDB do governo, Dilma inicia uma ofensiva para atrair o vice-presidente da República

Na reunião, o "pacote de bondades" da presidenta foi classificado como um ato de "irresponsabilidade fiscal", mas Temer decidiu que não vai rever as medidas anunciadas pela petista (Foto: Marcello Camargo/Folhapress)

Mesmo com a possibilidade de desembarque do PMDB do governo federal na próxima semana, a presidenta Dilma avaliou nessa segunda-feira que a situação é ainda reversível e escalou ministros de sua equipe a iniciarem uma ofensiva de reaproximação com o vice-presidente Michel Temer.

Em conversas reservadas, o peemedebista tem reclamado que há mais de um mês a petista não o recebe e demonstrou irritação com a intervenção do Palácio do Planalto em relação a nomeação do deputado federal Mauro Lopes (PMDB-MG) para a Aviação Civil.

Em reunião de coordenação política, a petista avaliou a reaproximação como estratégica neste momento. O partido marcou para o dia 29 deste mês a decisão oficial sobre sua permanência na Esplanada dos Ministérios. Para o governo, com a piora da crise política, as chances de desembarque aumentaram consideravelmente.

No encontro, Dilma reconheceu que a situação é difícil, mas considerou que o Planalto ainda tem cartas na manga para reconquistar o partido aliado, que poderia passar pela nomeação em cargos de segundo e terceiro escalões e a liberação de emendas parlamentares.

A reunião serviu ainda para mapear os votos favoráveis ao governo na comissão do impeachment, na Câmara dos Deputados. (Folhapress)

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