O comandante da PM (Polícia Militar) em Mato Grosso do Sul, Adriano Aparecido Pereira Mendes de Figueiredo, responderá em liberdade pelo crime de importunação sexual contra uma delegada de Polícia Civil de Paranaíba (MS). A decisão da Justiça de Mato Grosso do Sul foi tomada após audiência de custódia. O suspeito atua na Polícia Rodoviária Estadual (PRE).
A denúncia foi feita por Eva Maria Cogo da Silva, que é titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), de Paranaíba. Em depoimento, a policial civil relatou que aguardava o marido – também delegado – pagar a conta em um restaurante, quando o comandante da Polícia Militar passou a proferir comentários libidinosos.
“Você faz marca de biquíni e depois fica escondendo”, relatou a delegada sobre a fala do comandante da Polícia Militar.
O caso de importunação ocorreu no sábado (22). Após a situação, o comandante foi preso e encaminhado para Campo Grande, cidade mais próxima com cela especial. No domingo (23), em audiência de custódia, foi decidido que o crime será respondido em liberdade.
Entenda o caso
De acordo com registro policial, ao ser informado do ocorrido, o marido da delegada questionou o homem, que negou ter dito algo desrespeitoso e ainda alegou ter apenas cumprimentado a vítima.
Em dado momento, o homem revelou que está na cidade há cerca de 10 meses e era o comandante da PM. O marido da delegada deu ordem de prisão ao suspeito e os próprios colegas de farda foram chamados para acompanhar o comandante até a delegacia.
Segundo o boletim, o suspeito, que apresentava sinais de embriaguez, passou a desacatar policiais civis. O comandante negou ter dito o que a delegada afirma ter escutado. Por não ter uma cela especial em Paranaíba, o homem foi transferido para Campo Grande.
Em nota, a Polícia Militar informou que o caso será investigado. “Em atenção à solicitação feita por Vossa Senhoria, a Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul informa que o caso será investigado mediante Inquérito Policial”. As informações são do portal de notícias G1.