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Começa a chegada de animais para a Expointer. Ovinos da raça texel são os primeiros

Feira do agronegócio tem início no próximo sábado. (Foto Fernando Dias/Seapi)

Quando se abriu o Portão 8 do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (Região Metropolitana de Porto Alegre), nessa segunda-feira (25), os primeiros animais a chegarem para a 48ª Expointer foram dois ovinos da raça texel naturalmente coloridos. Eles pertencem à Fazenda do Angico, em Tupanciretã (Centro-Oeste gaúcho), e estão inscritos para a maior feira a céu aberto do agronegócio na América Latina, de 30 de agosto a 7 de setembro.

Quase mil ovinos participarão do evento, que tem presença confirmada de um total de 6.696 animais. Responsável pela dupla que “inaugurou a catraca” (um macho de 28 meses e uma fêmea de 24), o tratador Adilmar Sanches ressalta:

“A gente preza pelo bem-estar dos animais, por isso chegamos bem cedo, para  não ficarem na fila. Quando chegam não querem comer, estão cansados e perdem peso com o estresse. Cada um tem aproximadamente 100 quilos”.

Para o titular da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Edivilson Brum, é importante o aumento de 47% no número de animais inscritos para a edição deste ano, em relação à do ano passado:

“A participação de ovinos, por exemplo, é a maior da história da feira. Isso tem uma simbologia forte. Trata-se da expectativa da geração de negócios durante a Expointerm que será fundamental para o agronegócio gaúcho. Isso tudo vai ao encontro dos 40% do PIB [Produto Interno Bruto] que o setor representa no Rio Grande do Sul”.

Brum também destacou que, além da exposição de animais, a Expointer é palco de vários debates, tanto sobre a renegociação da dívida dos produtores rurais quanto sobre genética dos animais de raça e demais assuntos. Isso sem contar as atrações culturais, novidades em tecnologia e equipamentos. “É um mix de eventos”, definiu.

A subsecretária do Parque de Exposições, Elizabeth Cirne-Lima, mencionou mais uma vez o fato de o local conseguir se preparar para a Expointer de 2025 com obras necessárias à infraestrutura:

“Melhoramos estacionamentos, mudamos ramais de redes de distribuição de energia, fizemos novos calçamento e espaços de lazer e reformamos os pavilhões dos animais, dentre outros ajustes. Estamos muito bem preparados para receber os expositores e o público em geral. Para nós, a Expointer começou nessa segunda-feira, com a chegada das estrelas da festa”.

Trabalho em equipe

O coordenador das equipes do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi) na Expointer, Aurélio Vieira, detalha que há 48 servidores envolvidos diretamente nesse trabalho, dentre médicos veterinários, técnicos agrícolas e zootecnistas:

“Aqui é a cereja do bolo das nossas feiras, por isso, atuamos das 8h às 22h todos os dias, além de ter uma equipe de plantão para algum eventual problema”.

Ainda conforme Vieira, cada espécie de animal tem uma exigência sanitária diferente: “Quando os caminhões encostam no desembarcador, antes de os animais descerem, é conferida toda a documentação. Depois, os animais são descarregados e passam por exame clínico para ver se possuem alguma doença infecto-contagiosa ou parasitária. Quando detectadas, o que é difícil de acontecer, os animais são avaliados se podem ingressar no Parque”.

(Marcello Campos)

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