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Comissão do impeachment não pode ignorar política, diz relator

O deputado Jovair Arantes (PTB-GO), relator do processo de impeachment de Dilma na Câmara. (Foto: Reprodução)

Horas antes da entrega da defesa da presidenta Dilma Rousseff, o relator da comissão de impeachment na Câmara, Jovair Arantes (PTB-GO), disse nesta segunda-feira (4) que não poderá “ignorar a questão política” em seu relatório.

Arantes não descarta, inclusive, incorporar as suspeitas sobre a compra da refinaria de Pasadena (EUA) no relatório – mas não em seu voto.

“Claro que ao fazer um relatório desse tamanho, com essa amplitude e com todos esses problemas que têm, você não pode ignorar a questão política, não pode ignorar as questões das ruas, não pode ignorar as questões do governo, a ponderação que o governo também faz”, disse o relator.

“Então você tem que fazer um contraponto entre tudo, e todas essas questões podem estar no relatório. Não podem estar no meu voto”, completou.

A ideia é que essa parte política, bem como as pedaladas de 2014 – e outros pontos que estão na denúncia apresentada pelos juristas mas que não foram acolhidos pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha – entrem no relatório como uma espécie de “contexto”.

Questionado se consideraria estes pontos no seu voto, Arantes disse que “poderia”, mas que não deveria fazê-lo. “Posso, mas não sei se vou, porque eu não quero abrir nenhuma brecha para que haja qualquer tipo de questionamento e judicialização no processo.”

O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, apresenta a defesa de Dilma à Câmara na tarde desta segunda. O relator espera apresentar até quarta-feira (6) o seu parecer.

A votação na comissão está prevista para a próxima segunda-feira (11). (Folhapress)

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