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Comissão do Tribunal de Contas de União investiga produção de relatório falso que questiona mortes por Covid

O TCU determinou a inclusão de uma autorização para que o governo possa prosseguir com as próximas etapas da desestatização. (Foto: Reprodução)

Uma comissão formada por três auditores federais de controle externo do TCU (Tribunal de Contas da União) começou a investigar o caso do servidor apontado como autor de um relatório falso usado pelo presidente Jair Bolsonaro para questionar o número de mortos por Covid no ano passado.

A comissão foi criada pela presidente do TCU, ministra Ana Arraes, por meio de portaria publicada na última sexta-feira (11) no “Diário Eletrônico” do TCU, com prazo de funcionamento de 60 dias.

O grupo será presidido por Márcio André Santos de Albuquerque. Também participam da apuração Frederico Julio Goepfert Junior e Pedro Ricardo Apolinario de Oliveira (leia mais sobre os três integrantes ao final desta reportagem).

“Todos os auditores da Casa são técnicos, independentes e tratam os temas sob sua análise com o devido rigor e seriedade”, afirmou o TCU em nota.

O servidor do TCU Alexandre Costa Silva Marques é apontado como autor da análise pessoal que aponta suposta “supernotificação” no número de mortes por Covid-19 no ano passado. Ele foi afastado por 60 dias e responde a um

A presidente do TCU também pediu à Polícia Federal a abertura de um inquérito policial sobre o caso.

Na segunda-feira (7) da semana passada, o presidente Jair Bolsonaro citou o documento como se tivesse sido produzido pelo próprio tribunal.

Com base na nota não oficial, o presidente afirmou que metade das mortes atribuídas à Covid no ano passado teriam sido registradas de modo incorreto ou fraudulento.

O TCU negou na última terça-feira (8) a autoria do documento e frisou que as conclusões presentes na nota não têm respaldo em nenhuma fiscalização da Corte.

“O documento refere-se a uma análise pessoal de um servidor do Tribunal compartilhada para discussão e não consta de quaisquer processos oficiais desta Casa, seja como informações de suporte, relatório de auditoria ou manifestação do Tribunal”, informou a Corte em nota.

Os integrantes da comissão

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