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Comitê de Política Monetária prevê inflação brasileira para 2022 abaixo das expectativas do mercado

Em ata, BC destacou ainda que irá avaliar necessidade de outro reajuste ainda este ano na taxa básica de juros. (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

O Copom (Comitê de Política Monetária) prevê uma inflação menor que a expectativa do mercado financeiro para 2022 e os próximos dois anos. “As projeções de inflação do Copom situam-se em 6,8% para 2022, 4,6% para 2023 e 2,7% para 2024.”. A informação foi divulgada nesta terça-feira (09) na a ata da 248ª reunião do Copom, quando foi decidido elevar a taxa básica de juros para 13,75% ao ano.

No Boletim Focus desta semana, que consulta as projeções do mercado financeiro para indicadores econômicos, as instituições esperam uma inflação de 7,11% para 2022, 5,36% para 2023, e 3,3% para 2024.

O Comitê sinalizou ainda que irá avaliar a necessidade de um ajuste residual, menor que o mais recente, de 0,5%, na próxima reunião, que ocorrerá em setembro. Segundo o Comitê, “o objetivo é trazer a inflação para o redor da meta no horizonte relevante.”.

Auxílios pressionam inflação

Na avaliação do Copom, as políticas de auxílio de complementação a renda aprovadas recentemente “pode elevar os prêmios de risco do País e as expectativas de inflação à medida que pressionam a demanda agregada e pioram a trajetória fiscal.”

O documento destaca ainda que a redução de impostos sobre os preços da energia já começa a ser observada nos indicadores, “mas os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária, que apresentam maior inércia inflacionária, mantêm-se acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação.”

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