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“Comuniquei Bolsonaro que meu nome não está disponível para vice-presidente da República em 2026”, diz Ciro Nogueira, senador e presidente nacional do partido Progressistas

"Se tiver a escolha de um candidato viável como o Tarcísio, todo o centro e a direita do País vão se unificar", diz Ciro Nogueira. (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) tem uma foto oficial de Jair Bolsonaro na parede de seu gabinete. No início de outubro, porém, virou alvo de intenso ataque bolsonarista e tomou uma decisão. Ao visitar o ex-presidente na prisão domiciliar, avisou que não será vice em nenhuma chapa da direita ao Planalto porque concorrerá de novo ao Senado.

O PP encomendou neste mês uma pesquisa para medir o potencial de possíveis presidenciáveis. “Se tiver a escolha de um candidato viável como o Tarcísio, todo o centro e a direita do País vão se unificar”, disse ao jornal O Estado de S. Paulo o senador, presidente do PP, em uma referência ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).

1) A campanha presidencial do campo conservador será tocada pelo Centrão ou a família Bolsonaro pode ter um candidato?

É mais do que legítimo eles terem um candidato. O maior eleitor do campo do centro e da direita é o presidente Bolsonaro.

2) Com Bolsonaro inelegível, o nome mais forte desse campo é o de Tarcísio. Mas ele diz que vai concorrer à reeleição. É só uma estratégia?

Acredito que é uma estratégia. Mas acho que ele não decidiu, até porque qualquer decisão passa pelo aval do presidente Bolsonaro. Recebi uma pesquisa ( mostrando) que qualquer candidato com o apoio de Bolsonaro fica, no máximo, com 3% de diferença do presidente Lula. Coloquei cinco nomes diferentes.

3) E quais são esses nomes?

Um não posso revelar. Eu pesquisei o nome do Tarcísio, do Ratinho ( Júnior, governador do Paraná), do Cláudio Castro ( governador do Rio) e do senador Flávio Bolsonaro. O mais forte é o governador Tarcísio. Está a 0,8% do presidente Lula no segundo turno.

4) Comenta-se que a direita está batendo cabeça na escolha do candidato. É possível o campo conservador se unificar em torno de um nome já no primeiro turno?

O instinto de sobrevivência e a importância dessa eleição para o futuro do Brasil não vão nos permitir errar. Se tiver a escolha de um candidato viável como o Tarcísio, todo o centro e a direita vão se unificar.

5) O sr. gostaria de ser candidato a vice numa chapa liderada por Tarcísio ou por outro nome da direita?

Tudo o que eu falava, estavam desvirtuando porque (diziam) que eu queria ser vice. Para encerrar essa situação, já comuniquei ao presidente Bolsonaro, quando o visitei, que vou ser candidato ao Senado. (Com informações de O Estado de S. Paulo)

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