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Condenação de Bolsonaro fortalece a busca pela anistia, afirma líder da oposição

Ex-presidente foi condenado no julgamento da trama golpista pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal. (Foto: Reprodução)

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, deputado Luciano Zucco (PL-RS), afirmou que a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no julgamento da trama golpista pelo Supremo Tribunal Federal (STF) reforça a busca pela anistia.

“Isso só nos fortalece. Estamos trabalhando a pauta da anistia com muita tranquilidade e muita firmeza em diálogos com líderes de outros partidos”, disse Zucco.

“Isso só nos fortalece. Estamos trabalhando a pauta da anistia com muita tranquilidade e muita firmeza em diálogos com líderes de outros partidos”, disse Zucco.

“Diferentemente do que eles falam, se o presidente Bolsonaro fosse líder de uma organização criminosa, não colocaria duas mil pessoas no domingo, colocaria um milhão. Ele sequer estava no Brasil no 8 de janeiro. A oposição vai trabalhar por uma anistia ampla, geral e irrestrita”, afirmou.

O líder da oposição na Câmara, Zucco (PL-RS), afirmou nesta quinta-feira (11) que está trabalhando na pauta da anistia com muita tranquilidade, mas com firmeza.

Em entrevista coletiva após o voto da ministra Cármen Lúcia no julgamento da trama golpista, o deputado disse que está em diálogo com os líderes dos demais partidos e o projeto da anistia deve ser pauta de reunião na próxima terça-feira (16).

“Nada de novidade, já falamos desde o primeiro dia, e não me entendam mal, não é um desrespeito, mas é um teatro. O único magistrado de carreira deu o seu voto ontem, o ministro Fux”, disse o líder.

O ministro Luiz Fux levou 12 horas para ler o seu voto nesta quarta-feira (10). O ministro votou pela absolvição total de seis dos oito réus, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Fux votou para aceitar a acusação apenas contra o tenente-coronel Mauro Cid e o general Walter Braga Netto por um crime: tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito.

Após o voto da ministra que formou maioria para condenar todos os réus, Zucco reiterou que a oposição já esperava pelo resultado. “Saímos daqui com a certeza, de que não houve o devido processo legal, não houve a ampla defesa, estamos presentes numa grande insegurança jurídica”, avaliou o deputado.

Cristiano Zanin foi o último da Primeira Turma a votar no julgamento. Após a decisão, os ministros deliberaram sobre a dosimetria da pena. Bolsonaro foi condenado a 23 anos e 7 meses de prisão em regime fechado.

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