O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) divulgado nesta quarta-feira (25) pela FGV (Fundação Getulio Vargas) subiu 1,4 ponto em outubro, atingindo 83,7 pontos, maior nível desde março de 2017 (85,3). Em relação ao mesmo período no ano anterior, o índice avançou 3,8 pontos.
“A recuperação mais consistente da economia fez com que a confiança do consumidor retornasse ao nível anterior à crise política. Na comparação com indicadores empresariais, no entanto, a confiança do consumidor ainda é baixa, sinalizando cautela diante dos níveis elevados de incerteza. Os resultados sugerem que a melhora do consumo nos últimos meses tem sido sustentada mais pela liberação de recursos do FGTS, queda dos juros e depreciação de bens duráveis que pelo otimismo do consumidor“, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora da Sondagem do Consumidor.
Em outubro, os consumidores avaliaram mais favoravelmente tanto a situação atual quanto as perspectivas futuras. O ISA (Índice de Situação Atual) subiu pelo terceiro mês consecutivo e, ao avançar 2,3 pontos atingiu 73,2 pontos, o melhor resultado desde junho de 2017 (74,9). O IE (Índice de Expectativas) avançou pelo segundo mês ao subir 0,7 ponto, para 91,8, nível próximo ao de junho desse ano (91,7).
Os consumidores se mostraram menos insatisfeitos com a situação econômica em geral. Os indicadores que medem as avaliações sobre a situação econômica no momento e no futuro próximo avançaram 2,7 pontos, exercendo influência positiva no índice de confiança deste mês.
Há um aumento da satisfação também em relação às finanças familiares. O indicador que mede as avaliações no momento aumentou 2,0 pontos, para 67,1 pontos, o maior patamar desde agosto de 2015 (70,5).
E a despeito de perspectivas mais favoráveis com relação à situação financeira das famílias nos próximos meses, os consumidores continuam cautelosos na hora de planejar suas compras: O indicador que mede a intenção de compras de bens duráveis recuou pelo quinto mês consecutivo, para 71,3 pontos, nível próximo ao de abril passado (71,1).
Em outubro, a confiança avançou em três das quatro faixas de renda pesquisadas. A maior alta foi registrada nas famílias com renda entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00. Para estas, houve melhora tanto da satisfação com a situação atual quanto das expectativas para o futuro próximo. Entre as famílias com renda acima de R$ 9.600,00, o nível de confiança recuou 2,2 pontos, influenciado pelas expectativas negativas em relação ao futuro.
