O novo governo terá 22 ministérios, sete a mais do que o prometido inicialmente pelo presidente eleito Jair Bolsonaro: 16 pastas ficarão na Esplanada, quatro no Palácio do Planalto e outros dois serão transitórios. A AGU (Advocacia-Geral da União) e o BC (Banco Central) devem perder o status nos próximos meses, após mudanças legislativas. Atualmente, o governo Michel Temer tem 29 pastas.
Ao fundir ministérios, a intenção anunciada pelo presidente eleito foi reduzir custos, mas também deve significar perda de protagonismo.
Confira quais ministérios foram definidos, quem assume, qual o orçamento e o que faz a pasta:
1. Casa Civil – Onyx Lorenzoni: costurou o apoio de outros parlamentares durante a campanha. Orçamento: R$ 7 bilhões. Pasta cuida da articulação política do governo.
2. Secretaria-Geral da Presidência – Gustavo Bebianno: articulou a filiação de Bolsonaro ao PSL e presidiu o partido na campanha. Orçamento: R$ 7 bilhões. Assessora o presidente em atribuições relacionadas a comunicação.
3. Agricultura – Tereza Cristina: a deputada é a atual presidente da Frente Parlamentar Agropecuária. Orçamento: R$ 10 bilhões. Responsável por regular serviços vinculados ao setor agropecuário.
4. Cidadania – Osmar Terra: o deputado foi indicado pela frente parlamentar da assistência social. Orçamento: não definido. Agrega Desenvolvimento Social, Esportes e Cultura.
5. Infraestrutura – Tarcísio Freitas: faz parte da equipe do Programa de Parcerias de Investimentos. Orçamento: não definido. Absorve Transportes, Portos e Aviação Civil.
6. Gabinete de Segurança Institucional – Augusto Heleno: um dos conselheiros mais próximos a Bolsonaro. Orçamento: R$ 7 bilhões. Coordena as atividades de inteligência.
7. Ciência e Tecnologia – Marcos Pontes: único astronauta brasileiro a ter ido para o espaço. Orçamento: R$ 8,5 bilhões. Gerencia políticas de pesquisa científica e tecnológica, nuclear e espacial.
8. Justiça – Sérgio Moro: ex-juiz da Lava-Jato, foi convidado por Paulo Guedes. Orçamento: R$ 14 bilhões. Coordena a estratégia de combate à corrupção e à lavagem de dinheiro.
9. Economia – Paulo Guedes: o economista foi apresentado a Bolsonaro durante a pré-campanha. Orçamento: R$ 35 bilhões. Unifica Fazenda, Planejamento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
10. Desenvolvimento Regional – Gustavo Canuto: atual secretário-executivo do ministério da Integração. Orçamento: não definido. Reúne Cidades e Integração Nacional.
11. Banco Central – Roberto Campos Neto: diretor do Santander e indicado por Paulo Guedes. Orçamento: depende de repasse de verbas. Conduz as políticas monetária, cambial e de crédito.
12. Turismo – Marcelo Álvaro Antônio: o futuro ministro foi o deputado federal eleito mais votado em Minas Gerais pelo PSL. Orçamento: R$ 559 milhões. Responsável pelo desenvolvimento de infraestrutura e planejamento do setor.
13. Saúde – Luiz Henrique Mandetta: o deputado foi indicado pela bancada ligada ao tema. Orçamento: R$ 128 bilhões. Elaboração de planos e políticas públicas voltados para à saúde.
14. Meio Ambiente – Ricardo de Aquino Salles: foi secretário de Meio Ambiente de São Paulo na gestão de Geraldo Alckmin. Orçamento: R$ 3,77 bilhões. Formular e implementar políticas públicas ambientais.
15. Secretaria de Governo – Carlos Alberto dos Santos: ex-secretário de Segurança Pública do governo Temer. Comandou missão no Haiti. Orçamento: R$ 7 bilhões. Comanda o Programa de Parcerias de Investimentos e assuntos federativos.
16. Defesa – Fernando Azevedo e Silva: foi indicado depois que o general Augusto Heleno optou pelo GSI. Orçamento: R$ 96 bilhões. Segurança do País e direção das Forças Armadas.
17. Minas e Energia – Bento Costa Lima Leite: o almirante é diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha. Orçamento: R$ 9,97 bilhões. Implementação de políticas nas áreas de petróleo, energia e recursos minerais.
18. Controladoria-Geral da União – Wagner Rosário: auditor de carreira, é ministro de Temer e permanece no cargo. Orçamento: R$ 1 bilhão. Defesa do patrimônio público e combate à corrupção.
19. Advocacia-Geral da União – André Luiz de Almeida: foi corregedor-geral da AGU. Orçamento: R$ 3 bilhões. Representa a União, judicial e extrajudicialmente.
20. Educação – Ricardo Vélez Rodriguez: filósofo e professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. Orçamento: R$ 121,96 bilhões. Política nacional de educação, pesquisa e extensão universitária.
21. Relações Exteriores – Ernesto Araújo: diplomata de carreira, fez campanha para Bolsonaro. Orçamento: R$ 3 bilhões. Política externa e relações internacionais.
22. Mulher, Família e Direitos Humanos – Damara Alves: pastora evangélica e assessora do senador Magno Malta (PR-ES). Orçamento: não definido. Políticas sobre direitos reprodutivos e direitos da criança.
