Foi confirmada no final da tarde dessa terça-feira (5) pela SES (Secretaria Estadual da Saúde) a segunda morte causada por dengue no Rio Grande do Sul. O óbito da paciente, no entanto, foi contabilizado no dia 19 de abril. A pasta informou que a vítima é uma mulher de 56 anos, moradora do bairro Fátima, em Panambi, no Noroeste gaúcho, região onde foi registrada a primeira morte em decorrência de dengue autóctone (contraída dentro do Estado), no dia 27 de março, e que sofre com um surto da moléstia.
Em todo o Rio Grande do Sul, o número de casos de pessoas infectadas chega a 684. Deles, 107 são importados e 577, autóctones, de acordo com a secretaria. Balanço divulgado pela pasta na semana passada mostrava que o número de ocorrências era de 552. O aumento foi de 132 casos no período.
Ações
A SES dá início, nesta semana, a uma força-tarefa de combate à dengue na região Norte do Estado, especificamente direcionada aos municípios de Erval Seco e Novo Tiradentes. As duas cidades tiveram registrados, até o dia 25 de abril, 95 casos autóctones da doença.
Desde segunda-feira, o Cevs (Centro Estadual de Vigilância) em Saúde vem definindo ações na região para o combate ao mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. Para isso, foi composta uma equipe de sete agentes e técnicos.
O trabalho inclui a utilização de dois equipamentos de pulverização de inseticida costais e uma máquina acoplada a uma caminhonete – conhecida como fumacê – para o borrifamento do composto químico nas áreas onde foram identificados os casos. Equipamentos de proteção individual, como máscaras e aventais, também foram enviados à região.
As medidas foram programadas em reunião, na tarde de segunda-feira, durante a 19 Coordenadoria Regional de Saúde, com sede em Frederico Westphalen, na Zona da Produção. Nesta quarta-feira, a equipe do Estado também se reunirá com os secretários municipais e responsáveis pela vigilância da dengue em Erval Seco e Novo Tiradentes, respectivamente. Durante os próximos dias haverá supervisão dos trabalhos de campo desenvolvidos pelos municípios.
O processo coordenado pelo Cevs no Norte é semelhante ao que foi iniciado em março no Noroeste, onde oito municípios somam mais de 330 casos autóctones da moléstia distribuídos principalmente em Caibaté, Santo Ângelo e Panambi.
Força-tarefa
A força-tarefa tem como meta melhorar as medidas de combate à dengue, procurando a diminuição dos potenciais recipientes para o desenvolvimento das larvas do inseto e, consequentemente, os casos da doença. Além das medidas que as autoridades realizam, a população tem papel importante de prevenção à moléstia.
