Um estudo publicado na revista Neurology chama a atenção para a importância da vitamina D para as funções cerebrais. As pessoas com idade avançada que não recebem quantidades suficientes da vitamina correm mais riscos de sofrer demência ou mal de Alzheimer.
Os seres humanos obtêm a vitamina D com exposição ao sol e através da ingestão de peixes como salmão, atum e cavala, assim como leite, ovos e queijo. Ela também está disponível na forma de suplementos. No entanto, os cientistas dizem ser necessário estabelecer se o consumo desses alimentos ou de suplementos de vitamina D pode evitar essas doenças.
Esclerose múltipla.
Uma outra pesquisa genética, divulgada recentemente, confirmou o vínculo entre baixos níveis de vitamina D e o risco de sofrer de esclerose múltipla, doença autoimune do sistema nervoso central que afeta o cérebro e a medula espinhal. Segundo especialistas, essa descoberta pode ajudar a melhorar tratamentos e a estimular novas pesquisas para a prevenção da doença.
Os pesquisadores conseguiram mostrar que aqueles com baixos níveis de vitamina D têm risco redobrado de desenvolver a doença. Os resultados foram publicados na revista PLOS Medicine.
Importância.
A vitamina D controla 229 funções das células cerebrais, mas poucos dão atenção a isso: aproximadamente 60% dos brasileiros têm insuficiência ou deficiência da vitamina.
Muitas pessoas têm dúvida sobre o tempo necessário de exposição ao sol para que o organismo metabolize a vitamina. Conforme o endocrinologista americano Michael Holick, considerado um dos maiores especialistas em vitamina D, o tempo médio seria de 15 a 20 minutos ao sol, sem nenhum protetor solar nos braços, pernas, abdômen e costas, mas com o rosto sempre protegido. Ele explica que o filtro solar impede que a vitamina D seja metabolizada. Mas depois desses minutos de exposição ao sol sem proteção, Holick alerta que o uso do filtro é essencial.