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Conselho de Medicina proíbe atuação de médico que abusava sexualmente de pacientes no Ceará

O próprio prefeito filmava os casos de abuso, sem o consentimento das pacientes. (Foto: Reprodução/TV Globo)

O médico José Hilson Paiva está proibido de exercer a profissão pelos próximos seis meses. O Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec) divulgou a decisão nesta terça-feira (16), após o homem ser acusado de abusar sexualmente de 11 pacientes. Paiva, que era prefeito da cidade de Uruburetama até esta segunda (15), também foi afastado da prefeitura pela Câmara de Vereadores, por 90 dias.

As acusações contra o médico vieram à tona devido a uma reportagem exibida pelo programa Fantástico, da Rede Globo, no último domingo (14). A repercussão dos fatos ainda fez com que o PCdoB, partido ao qual Paiva era filiado, o expulsasse da sigla.

O Cremec abriu um processo para apuração dos casos, que pode resultar na perda definitiva do direito do acusado a exercer a Medicina. Todo o processo dura em méida dois anos.

A Associação Cearense de Ginecologia informou que Paiva não tem registro como especialista ginecológico.

O Caso

Os abusos teriam acontecido entre 1986 e 2018, Durante os atendimentos, ele alegava coisas como a necessidade de penetração para “desvirar” o útero da paciente; o ato dechupar o bico do seio da mulher, com a desculpa de tirar secreção e a obrigatoriedade de ficarem totalmente nuas. O prefeito afirmou nunca ter feito “nada forçado” e disse que as acusações seriam “jogada da oposição” para derrubá-lo.

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