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Consultorias veem queda de 0,2% no PIB do Brasil no primeiro trimestre

Expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto ficou estável em 0,82%. (Foto: Divulgação)

A mediana das previsões de 32 consultorias e instituições financeiras indica que o PIB (Produto Interno Bruto) caiu 0,2% no primeiro trimestre em relação ao último trimestre de 2018. Se confirmada, esta será a primeira queda trimestral desde o fim 2016, quando a economia brasileira ainda estava em recessão. Naquela ocasião, o PIB encolheu 0,6%.

Relatório Focus

Os economistas das instituições financeiras reduziram a estimativa de alta do Produto Interno Bruto deste ano de 1,24% para 1,23%. Foi a 13ª queda consecutiva do indicador. A previsão consta no boletim de mercado também conhecido como relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (27), pelo BC (Banco Central).

As revisões para baixo na expectativa de crescimento do mercado financeiro para o PIB deste ano começaram, com mais intensidade, após a divulgação do resultado do ano passado – quando a economia avançou 1,1%. No fim de março, o Banco Central estimou expansão de 2% para a economia brasileira neste ano e, na semana passada, o Ministério da Economia baixou a previsão de crescimento de 2,2% para 1,6% em 2019.

Para o ano que vem, a expectativa do mercado financeiro de expansão da economia permaneceu estável em 2,50%. Os economistas dos bancos também não alteraram a previsão de expansão da economia para 2021 e para 2022 – que continuou em 2,5% para os dois anos.

Inflação

Para 2019, os economistas do mercado financeiro mantiveram a expectativa de inflação estável em 4,07%. A meta central deste ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.

A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Para 2020, o mercado financeiro manteve em 4% a estimativa de inflação – em linha com a meta central de 4% para o próximo ano. No ano que vem, a meta terá sido oficialmente cumprida se a inflação oscilar entre 2,5% e 5,5%.

Taxa de juros 

O mercado manteve em 6,5% ao ano a previsão para a taxa Selic no fim de 2019. Esse é o índice atualmente em vigor. Com isso, o mercado segue prevendo juros estáveis neste ano. Para o fim de 2020, a previsão continuou em 7,25% ao ano. Desse modo, os analistas continuam prevendo alta nos juros no ano que vem.

Balança comercial

Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2019 caiu de US$ 50,50 bilhões para US$ 50,25 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado recuou de US$ 45,55 bilhões para US$ 45,33 bilhões.

Investimento estrangeiro 

A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2019, subiu de US$ 82 bilhões para US$ 83,29 bilhões. Para 2020, a estimativa dos analistas passou de US$ 82,52 bilhões para US$ 84,36 bilhões.

 

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