Ícone do site Jornal O Sul

Consumo das famílias no Brasil tem a queda mais intensa desde 2001

Resultado mostra que aumento do custo de vida pesou mais para as famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos. (Foto: Agência Brasil)

O recuo de 2% no consumo das famílias brasileiras no primeiro trimestre deste ano na comparação com o último trimestre de 2019 foi a queda mais intensa desde 2001, quando houve uma crise de fornecimento de energia elétrica, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Os motivos da queda, segundo o IBGE, são a pandemia do novo coronavírus e as consequentes medidas de isolamento social colocadas em prática por vários governos estaduais e municipais para combater a disseminação da Covid-19.

O comportamento do consumo das famílias teve um impacto importante no PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre, que caiu 1,5% na comparação com o trimestre anterior. O maior impacto causado pela queda do consumo das famílias foi sentido pelo setor de serviços, que responde por 74% da economia brasileira.

Entre as atividades de serviços pesquisadas, as principais baixas ocorreram nos outros serviços (-4,6%), transporte, armazenagem e correio (-2,4%), informação e comunicação (-1,9%) e comércio (-0,8%). Também houve quedas nos segmentos de administração, saúde e educação pública (-0,5%), intermediação financeira e seguros (-0,1%). O único setor com alta foi o de atividades imobiliárias (0,4%).

Além do consumo das famílias, as exportações nacionais caíram 0,9%. Essa queda da demanda também teve impactos na indústria, que recuou 1,4%. As atividades industriais tiveram as seguintes taxas de queda: setor extrativo (-3,2%), construção (-2,4%), indústrias de transformação (-1,4%) e atividades de eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos (-0,1%).

Sair da versão mobile