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Bandeira vermelha 2 deixará as contas de luz mais caras em agosto no Brasil

Com a nova bandeira, haverá um acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, nessa sexta-feira (25), que a conta de luz em agosto terá a cobrança adicional da bandeira vermelha patamar 2 — o nível mais alto do sistema tarifário. É a primeira vez, desde outubro do ano passado, que esse patamar é acionado.

Com a nova bandeira, haverá um acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. O aumento já era previsto por agentes do setor elétrico e deve intensificar a pressão sobre a inflação nos próximos meses.

A Aneel justificou a decisão com base na previsão de afluências abaixo da média para as hidrelétricas em todo o país. A redução na geração por essas fontes exige maior acionamento de usinas termoelétricas, que têm custo mais elevado.

Segundo a agência reguladora, essa conjuntura pressiona os custos de geração de energia e exige medidas para manter o equilíbrio do sistema elétrico.

O impacto da energia elétrica na inflação já foi sentido em julho. A alta de 3,01% nos preços da energia residencial foi o subitem com maior contribuição positiva no IPCA-15 do mês, com 0,12 ponto percentual.

Desde junho, a Aneel vinha adotando a bandeira vermelha no patamar 1, que adicionava R$ 4,46 para cada 100 kWh consumidos. Agora, com o novo patamar, o valor da taxa extra quase dobra.

Sistema

As bandeiras tarifárias são um sistema criado para indicar o custo de geração de energia elétrica e o valor adicional cobrado na conta de luz, refletindo as condições de oferta e demanda. Basicamente, elas funcionam como um semáforo: verde indica condições favoráveis e sem custo adicional, enquanto amarelo e vermelho indicam condições menos favoráveis e custos maiores, respectivamente.

* Bandeira Verde

Indica condições favoráveis para a geração de energia, com custos reduzidos. Não há acréscimo na tarifa.

* Bandeira Amarela

Indica condições de geração menos favoráveis, com custos mais altos. Há um pequeno acréscimo na tarifa.

* Bandeira Vermelha (Patamar 1 e 2)

Indica condições mais custosas para a geração de energia, com aumentos significativos na tarifa. O patamar 2 é mais caro que o 1.

O principal fator que determina a bandeira é o nível de água nos reservatórios das hidrelétricas. Se chove pouco, a geração de energia por meio de usinas hidrelétricas diminui, e é preciso recorrer a usinas termelétricas, que são mais caras. (Com informações do jornal O Estado de S. Paulo)

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