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Conta de luz mais cara: Mantida bandeira vermelha em novembro no País

A classificação representa um custo adicional R$ 4,46 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. (Foto: EBC)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nessa sexta-feira (31), a bandeira vermelha patamar 1 para o mês de novembro. A classificação, a mesma de outubro, representa um custo adicional R$ 4,46 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Nos meses de agosto e setembro o nível verificado foi o mais alto, o vermelho 2. Os operadores do mercado de energia já trabalhavam com a possibilidade de vermelho 1 para o próximo mês.

A Agência apontou que ainda há um volume de chuva abaixo da média, com reflexo negativo no nível dos reservatórios e na geração das usinas hidrelétricas. Com isso, há necessidade de acionamento de usinas termoelétricas, que são mais caras e, segundo a Aneel, justificam a bandeira vermelha.

“Além disso, a geração solar é intermitente e não fornece energia de forma contínua, especialmente no período noturno e nos horários de maior consumo. Por isso, o acionamento das termoelétricas continua sendo essencial para atender à demanda”, disse a Aneel.

O consumidor de energia pode, contudo, sentir um alívio na conta de luz ao longo dos próximos meses, com o arrefecimento da bandeira tarifária. A tendência foi sinalizada em cenários apresentados na semana passada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), com possibilidade o acionamento da bandeira amarela em dezembro – o que corresponderia a um custo de R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Os primeiros meses de 2026, por sua vez, devem ser de bandeira verde, sem cobrança adicional. Apesar das perspectivas positivas à frente, as projeções podem ser alteradas. Desde fevereiro deste ano houve piora nas expectativas de chuva.

Além do risco hidrológico (GSF), gatilho para o acionamento das bandeiras mais caras, outro fator de peso é o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) — valor calculado para a energia a ser produzida em determinado período.

O ano de 2024 foi encerrado com bandeira tarifária verde na conta de luz, mas, com a piora nas expectativas de chuva, foi acionada em junho a bandeira vermelha patamar 1, seguindo o mesmo nível no mês seguinte. Em agosto, auge do período seco, houve elevação para o patamar 2. Agora, há projeções indicando possibilidade de bandeira verde em janeiro de 2026.

Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias indica aos consumidores os custos da geração de energia no País e visa atenuar os impactos nos orçamentos das distribuidoras de energia.

Antes, o custo da energia em momentos de mais dificuldades para geração era repassado às tarifas apenas no reajuste anual de cada empresa, com incidência de juros. No modelo atual, os recursos são cobrados e transferidos às distribuidoras mensalmente por meio da “conta Bandeiras”.

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