A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou nessa terça-feira, durante reunião pública da diretoria, o reajuste tarifário da concessionária CEEE (Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica). Para os consumidores residenciais (Classe B1), o reajuste será de 5,82%. Já para a indústria (Classe B3), o aumento médio será, ao todo, de 7,78%. A majoração média (baixa e alta tensão) será de 6,52%.
Os novos valores serão aplicados a partir de domingo. Ao todo, 1,6 milhão de unidades consumidoras sofrerão o impacto do aumento em 72 municípios da área de concessão da empresa no Rio Grande do Sul.
Ao calcular o reajuste, a Aneel considerou a variação de custos que a CEEE teve no ano. O cálculo inclui despesas típicas da atividade de distribuição, sobre os quais o Índice Geral de Preços do Mercado, e outros gastos que não acompanham necessariamente o índice inflacionário, como energia comprada, encargos de transmissão e ônus setoriais.
Outra vez
A escalada do dólar foi o último grande argumento para explicar o contínuo aumento nas tarifas de luz dos brasileiros. Além dos efeitos da estiagem, que neste ano representaram reajustes superiores a 50%, foi a vez de a moeda norte-americana pressionar os próximos reajustes tarifários das distribuidoras do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
A explicação está na cota que cada companhia tem de energia da hidrelétrica de Itaipu, cotada em dólar. O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, Nelson Fonseca, explica que as empresas sentem o impacto do aumento do dólar simultaneamente. No entanto, só podem repassar isso ao consumidor na data dos reajustes.