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Contra penas duras que aumentam população carcerária, Obama indulta 95 presos por crimes leves com drogas

Presidente americano assinou cada uma das cartas enviadas aos detentos. (Foto: Manuel Balce Ceneta/AP)

Em sua última coletiva antes de entrar em férias por duas semanas, o presidente americano Barack Obama falou na sexta-feira sobre as ações de seu governo durante 2015, como as relações com Cuba e Irã, a ameaça do terrorismo, a luta contra o Estado Islâmico e a reforma do sistema penitenciário do país. Obama anunciou, antes, a comutação das sentenças de 95 prisioneiros federais e concedeu dois perdões, em mais um esforço na tentativa de reverter uma tendência de penas duras no país.

“Claramente, esse não é o evento mais importante da Casa Branca hoje”, brincou Obama, no início da coletiva. “Há uma exibição do novo ‘Guerra das Estrelas’.”

A vasta maioria dos que tiveram penas comutadas é formada por detentos condenados por crimes com drogas presos há mais de dez anos, que tiveram bom comportamento e seriam condenados a penas bem menores sob as leis atuais. “Você demonstrou potencial para mudar sua vida. Agora cabe a você aproveitar essa oportunidade da melhor maneira”, afirmou Obama.

O presidente americano assinou cada uma das cartas enviadas aos detentos. A maioria deve deixar as prisões em abril de 2016. As penas excessivas aumentaram a população carcerária e tiveram impacto sobre negros e latinos dos EUA, segundo o jornal The New York Times.

O número de comutações é o mais alto da gestão. Quarenta condenados à prisão perpétua serão soltos. “Demoramos 20 anos para chegar a este ponto de revisão carcerária”, disse Obama.

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