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Coordenada pela UFPel, pesquisa sobre o coronavírus tem nova etapa em 133 municípios brasileiros

Estudo da UFPel é realizado em nove cidades gaúchas. (Foto: Daniela Xu/Divulgação)

A coordenação do Epicovid19-BR, estudo que estima o número de casos de infecção por coronavírus no Brasil, anunciou a realização de uma nova etapa de entrevistas e testes rápidos entre os dias 20 e 23 de agosto em 133 cidades de todos os Estados brasileiros.

A continuidade do estudo, que teve três fases anteriores financiadas pelo Ministério da Saúde, tornou-se possível através de investimento do Programa Todos pela Saúde, fundo criado pelo Itaú Unibanco para apoiar o enfrentamento da Covid-19 no Brasil em diversas frentes, entre elas, o suporte a iniciativas de pesquisa científica.

“Os números de casos de infecção, internações e mortes por coronavírus se mantêm altos dia após dia no Brasil. Neste momento, precisamos das melhores evidências para embasar ações, preservar a saúde e prevenir mortes evitáveis de brasileiros”, diz o epidemiologista e coordenador geral do estudo, Pedro Hallal.

A quarta etapa segue a mesma metodologia das três anteriores. Cerca de 2 mil entrevistadores do Ibope Inteligência voltarão às ruas para visitar residências e realizar testes rápidos e entrevistas com 250 moradores em cada município incluído no estudo, totalizando amostra nacional de 33.250 participantes somente nesta etapa da pesquisa.

O Epicovid19-BR, coordenado pela UFPel (Universidade Federal de Pelotas), é a maior pesquisa populacional em andamento no mundo a estimar a prevalência de coronavírus. As três primeiras etapas, realizadas de 14 a 21 de maio, 4 a 7 e 21 a 24 de junho, entrevistaram quase 90 mil pessoas. Os dados  permitiram conhecer o comportamento do vírus no Brasil.

Para cada diagnóstico confirmado pelas estatísticas, o estudo estimou que existem ao redor de seis casos reais não notificados. De cada cem infectados, um vai a óbito.

A pesquisa documentou que, em um mês, a prevalência dobrou na população brasileira: os percentuais passaram de 1,9% (1,7 – 2,1%, pela margem de erro), na primeira etapa, para 3,1% (2,8% – 4,4%), na segunda, e alcançaram 3,8% (3,5% – 4,2%), na última etapa. Nesse mesmo intervalo, o distanciamento social (percentual de pessoas que ficam sempre em casa) caiu de 23,1% para 18,9% no País.

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