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Cópia de passaporte de Eduardo Cunha foi utilizada em conta, diz banco suíço

As contas atribuídas ao presidente da Câmara dos Deputados estão em nome de “offshore”. (Foto: Divulgação)

Cópias dos passaportes do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e de familiares dele foram anexadas nos formulários de abertura das contas do banco Julius Bär que deram a origem à investigação contra o peemedebista por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro na Suíça. Os formulários e os anexos fazem parte dos dossiês bancários entregues pelo Julius Bär ao Ministério Público suíço e remetidos à PGR (Procuradoria-Geral da República) nesta semana.

As contas atribuídas ao deputado estão em nome de empresas “offshore”, firmas de fachada abertas em paraísos fiscais, mas a legislação suíça obriga os bancos a identificarem os beneficiários finais das aplicações financeiras – no caso, Cunha, a mulher dele, a jornalista Cláudia Cruz, e a uma das filhas do congressista. Trata-se de uma política conhecida no jargão do mercado como “know your client” (conheça o seu cliente), instituída para coibir o uso do sistema bancário suíço por criminosos internacionais.

Perícia

Investigadores da PGR começaram a analisar os dados remetidos pelos suíços. O montante total dos valores movimentados nas quatro contas ainda será periciado. Procurada, a PGR não quis emitir comentários sobre o conteúdo do material enviado pelos suíços nem detalhes da investigação.

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