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Coreia do Sul e Japão alcançam acordo histórico sobre escravas sexuais

Familiares de vítimas seguram cartazes em frente ao Ministério das Relações Exteriores sul-coreano (Foto: AP)

Seul e Tóquio alcançaram nesta segunda-feira (28) um acordo histórico sobre o drama das mulheres submetidas à escravidão sexual pelo exército japonês durante a Segunda Guerra Mundial, anunciou o Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul.

O Japão aceitou depositar 1 bilhão de ienes (8,3 milhões de dólares) em indenização às vítimas sul-coreanas ainda vivas. O acordo será “definitivo e irreversível” se o Japão assumir suas responsabilidades, declarou o ministro Yun Byung-Se à imprensa após uma reunião com seu colega japonês, Fumio Kishida. O governo do Japão expressou suas “sinceras desculpas e seu pesar” às vítimas.

Os ministros se reuniram em Seul para abordar o tema das “mulheres conforto”, um eufemismo utilizado pelos japoneses para se referir à prática do exército imperial, um assunto que abalou as relações entre os dois países durante décadas.

Em 1993, o Japão divulgou uma declaração na qual expressava “sinceras desculpas e arrependimento” às mulheres que sofreram uma “dor incomensurável, do ponto de vista físico e psicológico pelas feridas, depois que foram usadas como ‘mulheres conforto'”. Segundo vários historiadores, 200 mil mulheres, principalmente coreanas, mas também chinesas, indonésias e de outras nacionalidades, foram submetidas à escravidão sexual pelo exército japonês.

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