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A Coreia do Norte compara o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o líder nazista Adolf Hitler

Trump e o ditador norte-coreano Kim Jong-un. (Fotos: Divulgação)

A Coreia do Norte comparou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o líder nazista Adolf Hitler em um editorial da agência estatal do país, a KCNA. A política do presidente americano é uma forma de “nazismo do século XXI”, afirma o editorial ao criticar o slogan “America First” (América em Primeiro Lugar), de Trump.

“O princípio América em primeiro lugar defende a dominação mundial por meios militares, como foi o caso com o conceito de ocupação mundial de Hitler”, escreveu a agência norte-coreana. Trump segue “a política ditatorial de Hitler” para dividir os outros em duas categorias, “amigos e inimigos”, para justificar a “supressão” dos últimos, completa o texto.

Hitler foi o líder da Alemanha nazista de 1934 a 1945. Ele iniciou a Segunda Guerra Mundial e instaurou políticas fascistas que resultaram na morte de milhares de pessoas. Nascido na Áustria, em 1889, Hitler ascendeu ao poder na política alemã como o líder do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, também conhecido como Partido Nazista. Hitler se suicidou ao lado de sua mulher, Eva Braun, em 30 de abril de 1945, em seu bunker, em Berlim.

A Coreia do Norte tem o hábito de ofender os seus inimigos. Na semana passada, Pyongyang chamou Trump de “psicopata” em um contexto de tensão pela morte do estudante americano Otto Warmbier, repatriado em estado de coma aos Estados Unidos depois de passar alguns anos detido em uma prisão norte-coreana.

Em 2014, a agência KCNA chamou o então presidente americano Barack Obama de “bastardo de sangue mestiço” com “aparência de macaco”. Antes, a Coreia do Norte comparou a ex-presidente sul-coreana Park Geun-Hye com uma “prostituta” e Obama com um “proxeneta”.

Trump “psicopata”, Obama “sacana de sangue misturado”

Na semana passada, Pyongyang qualificou Trump de “psicopata”, na sequência da morte do estudante norte-americano Otto Warmbier. Já em 2014, a KCNA apelidou Barack Obama de, entre outros insultos, “sacana de sangue misturado” ou “parecido com um macaco”. A ex-presidente da Coreia do Sul Park Geun-Hye também foi alvo da KCNA, ao ser comparada a uma “prostituta”.

A administração de Trump quer impor sanções mais severas a Pyongyang para obrigar a parar com o programa nuclear. A KCNA acusa Washington de bloquear a entrada de medicamentos na Coreia do Norte, “um ato desumano e contra a ética, pior que o cerco de Leninegrado por Hitler”. O cerco à atual São Petersburgo pelo exército alemão durou perto de 900 dias entre 1941 e 1944 e fez um total de 2 milhões de mortos.

A ameaça que representa a Coreia do Norte – que anuncia ao mundo estar construindo mísseis intercontinentais – deverá ser um dos principais temas do primeiro encontro entre os presidentes dos EUA e da Coreia do Sul, nesta semana em Washington. (Folhapress)

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