Ícone do site Jornal O Sul

Tarifas dos Correios podem sofrer reajuste de 8,9%

Categoria rejeitou proposta de reajuste salarial feita pela estatal (Foto: Luiz Tito/Folhapress)

Para tentar reverter um prejuízo estimado de 900 milhões de reais neste ano, os Correios irão propor ao Ministério da Fazenda um reajuste de 8,9% nas tarifas das correspondências, serviço no qual a estatal tem monopólio no País.

De acordo com o ministro das Comunicações, André Figueiredo, essa medida pode reforçar o caixa dos Correios em 700 milhões de reais por ano. “Existe uma defasagem nas tarifas praticadas e vamos apresentar estudos à Fazenda que mostram que esse reajuste não terá impacto inflacionário. O reajuste seria apenas para as correspondências e não afetaria os serviços de logística e encomendas. Também não cogitamos mexer no preço da carta social, não vai haver impacto para a população que mais precisa”, disse Figueiredo após a cerimônia de posse do novo presidente dos Correios, Giovanni Queiroz.

Crise financeira
Para o ministro, a medida é necessária para que a empresa volte a ser superavitária. Segundo ele, uma das razões para o rombo de quase 1 bilhão de reais este ano é a crise econômica pela qual passa o País, que tem efeitos diretos no setor de logística. Mais cedo, Figueiredo também creditou parte do prejuízo à incorporação de débitos anteriores do fundo Postalis.

Queiroz revelou a estimativa de prejuízo de 900 milhões de reais neste ano, o que será o primeiro resultado negativo da empresa nas últimas duas décadas. “Se não nos modernizarmos, nossos concorrentes vão nos engolir. Hoje, 50% da nossa receita ainda é fruto dessa operação postal, e sabemos que ela está em baixa. Por isso, precisamos que nossas agências vendam mais produtos, temos que buscar mais parcerias para viabilizar mais nossos serviços”, avaliou Queiroz. (AE)

Sair da versão mobile