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Os Correios vão lançar o “Uber da entrega”; usuário poderá chamar um prestador de serviço – moto, carro ou bicicleta – para entregar encomenda em determinado endereço

Com a iniciativa, os Correios querem entrar em um tipo de operação que já virou tendência em outros países. (Foto: EBC)

Com o intuito de otimizar o tempo de entregas, os Correios pretende anunciar até o final deste ano um novo serviço que funcionará da mesma forma que o Uber. Com um aplicativo para celular, o dono poderá solicitar o serviço para entregar a encomenda em determinado endereço. Cidadãos comuns farão as entregas, desde que estejam habilitados para isso.

Parceria com empresa de tecnologia 

Os Correios negociam parceria com uma empresa de tecnologia para lançar o aplicativo e que a expectativa é bater o martelo nas próximas semanas. O objetivo é oferecer um serviço de “entrega a jato”, em poucas horas. As informações foram confirmadas pelo presidente dos Correios. “Ainda estamos fechando os detalhes desse negócio, mas vamos iniciar este serviço ainda neste ano.”

Com a iniciativa, os Correios querem entrar em um tipo de operação que já virou tendência em outros países. Trata-se do chamado “crowdshipping” – termo que une as palavras crowd (multidão) e shipping (remessa) -, que tem a proposta de permitir que cidadãos comuns possam fazer entregas de terceiros, desde que estejam habilitados para isso.

No Brasil, já existem algumas iniciativas em funcionamento, como o “Eu Entrego”. Para usar o serviço, o dono da encomenda se cadastra, descreve o tamanho do produto, local e data da retirada da entrega e quanto está disposto a pagar. A partir daí, entregadores independentes cadastrados no site se candidatam ao serviço, apontando se aceitam o valor proposto ou se fazendo uma proposta.

Para o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), a iniciativa deve ser estruturada com o máximo cuidado, para evitar fraudes e prejuízos aos usuários do serviço. “O Idec considera que a iniciativa dos Correios deve ter atenção aos critérios para seleção da empresa parceira e os mecanismos de autorregulação criados para garantia de qualidade dos serviços”, comenta Rafael Zanatta, advogado do Idec. “O serviço deve zelar pela garantia dos direitos básicos dos consumidores e responsabilização, tanto dos Correios quanto pela empresa de tecnologia intermediadora, por violações causadas aos consumidores.”

Consenso

Os 36 sindicatos e as duas federações que representam a categoria dos empregados dos Correios aprovaram a proposta do TST (Tribunal Superior do Trabalho) para o Acordo Coletivo 2018/2019. Esta é a primeira vez, em mais de duas décadas, que os Correios e as representações sindicais chegam a um consenso sem a realização de greve.

A proposta aprovada garante a manutenção do ACT 2017/2018, ressalvados apenas os termos da decisão do TST sobre o plano de saúde, com reposição salarial pela inflação do período, medida pelo INPC, aplicada ao salário e aos benefícios. Com o acordo, os benefícios e vantagens previstos já serão aplicados a partir da folha de pagamento de agosto.

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