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Corrida espacial: Rússia planeja lançar primeiro módulo de sua própria estação até 2025

Estação Espacial Internacional (ISS), vista após seu desacoplamento com o ônibus espacial Atlantis em 2000. (Foto: Reprodução)

A Rússia anunciou nesta terça-feira (20) que pretende construir o primeiro módulo de sua própria estação espacial até o ano de 2025, depois do governo sugerir que pode abandonar a Estação Espacial Internacional (ISS).

A exploração da Estação Espacial Internacional é um dos poucos âmbitos de cooperação entre Rússia e Estados Unidos, que passam por um período de tensão desde 2014. A primeira base orbital com ocupação humana permanente começou a ser construída em 1998 num projeto conjunto das agências espaciais dos Estados Unidos (Nasa), Rússia (Roscosmos), Japão (Jaxa), Europa (ESA) e Canadá (CSA) e a participação de 16 países, entre eles o Brasil – depois excluído por não cumprir sua parte no acordo firmado.

“O primeiro módulo básico para a nova estação orbital russa já está em construção. O objetivo é que esteja preparado para ser lançado em órbita em 2025”, anunciou no aplicativo Telegram o diretor da Agência Espacial Russa (Roscosmos), Dmitri Rogozin.

O anúncio foi feito depois de declarações contraditórias das autoridades russas sobre planos para o setor espacial. O vice-primeiro-ministro, Yuri Borisov, sugeriu no domingo que Moscou abandonaria a Estação Espacial Internacional em 2025 para concentrar-se na construção de sua própria estação.

A Roscosmos atenuou o discurso e afirmou que a decisão será tomada depois de 2024 “com base no estado técnico” da estação.

Moscou alega que a Estação Espacial Internacional deixa a desejar, com módulos que “estão quase no fim de sua vida”.

No início do mês de abril, o diretor de voo do segmento russo da ISS, Vladimir Soloviev, calculou que a vida útil do laboratório orbital poderia ser prolongada até 2030, mas que esperava uma “avalanche de falhas” a partir de 2025.

Borisov destacou na segunda-feira que o envelhecimento da Estação Espacial Internacional permite prever uma “catástrofe”. “Não podemos colocar em perigo as vidas dos cosmonautas”, destacou.

Na opinião de Borisov, a futura estação espacial russa poderia ser colocada em uma órbita mais elevada que a Estação Espacial Internacional e servir de “ponto de transferência intermediário para voos com destino à Lua”.

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