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Corrupção no futebol: Ricardo Teixeira vendeu imóvel com indício de sonegação durante investigação

Ex-presidente da CBF se desfez de apartamento por menos da metade do valor. (Foto: Fabio Motta/AE)

O ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Ricardo Teixeira se desfez de um apartamento de luxo no Rio de Janeiro (RJ), de frente para o mar, por menos da metade do valor de mercado. A transação ocorreu enquanto ele era fiscalizado pela Receita Federal, de acordo com documentos obtidos pelo jornal Folha de S.Paulo.

A venda do imóvel, uma cobertura na Barra da Tijuca, um dos endereços mais caros do País, foi registrada na escritura por 2,5 milhões de reais. A prefeitura do Rio, para cálculo do imposto de transmissão de propriedade, estimou o preço de venda em 5,7 milhões de reais. Corretores de imóveis dizem que uma cobertura como essa, com cinco vagas de garagem, pode chegar a um valor de 7 milhões de reais.

Registrar a venda de um apartamento por um valor muito abaixo do preço de mercado é um indício de sonegação de tributos. O Fisco cobra em torno de 15% sobre o lucro com transações imobiliárias, chamado ganho de capital. Portanto, quanto menor o valor declarado, menor o imposto recolhido.

Acusações

No início do ano, a Polícia Federal indiciou Teixeira sob as acusações de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, falsidade ideológica e falsificação de documentos públicos. Um dos motivos do indiciamento foi a negociação desse mesmo apartamento, considerada suspeita. De acordo com auditores ouvidos pela reportagem, a venda da cobertura pode levar a Receita a abrir nova investigação contra o ex-presidente da confederação. (Leonardo Souza/Folhapress)

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