O Brasil atingiu pouco mais de 4 milhões de casos acumulados de Covid-19, segundo informa o balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta quinta-feira (3). Desde o início da pandemia, 4.041.638 pessoas foram infectadas com o coronavírus. Entre quarta e esta quinta, as secretarias de saúde acrescentaram às estatísticas 43.773 novos pacientes diagnosticados com a doença. Na quarta o sistema de dados sobre a pandemia trazia 3.997.865 casos desde o início da pandemia.
Ainda conforme a atualização, a pandemia do novo coronavírus é responsável por 124.614 mortes. Nas últimas 24 horas, foram registrados 834 novos óbitos em decorrência da doença.
O boletim informa também que a taxa de recuperados aumentou, e já passa de 80% do número total de vítimas. O Brasil registra 3.247.610 pacientes recuperados – 80,4% do total de infectados. Outras 669.414 pessoas ainda estão sob cuidados médicos e são consideradas casos em acompanhamento.
Na quarta, o Ministério da Saúde apresentou o novo boletim epidemiológico que apontou queda de 11% nas mortes na comparação entre a última semana epidemiológica (35ª) e a anterior (34ª). Se considerado o número de casos, o número semanal ficou estabilizado.
Estados
Os Estados com mais mortes são:
- São Paulo – 30.905;
- Rio de Janeiro – 16.394;
- Ceará – 8.493;
- Pernambuco – 7.619;
- Pará – 6.215;
As Unidades da Federação com menor número de óbitos por Covid-19 são:
- Roraima – 596;
- Acre – 622;
- Amapá – 669;
- Tocantins – 712;
- Mato Grosso do Sul – 914.
Dispositivo portátil pode realizar teste com menor custo
Está em processo de certificação na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) um novo dispositivo portátil que pode realizar diagnóstico molecular da Covid-19 com estrutura laboratorial menos complexa. O equipamento foi desenvolvido por pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e da empresa Visuri e poderia reduzir o custo e o tempo para a realização de testes com segurança semelhante à técnica padrão ouro RT-PCR.
Chamado de OmniLAMP, o dispositivo utiliza a técnica RT-LAMP e detecta o RNA viral em amostras recolhidas do nariz e da garganta da pessoa que será testada. Amostras positivas geram um sinal colorido que é interpretado pelo software do dispositivo, que é conectado aos servidores da Visuri na internet e monitorado por meio de georreferenciamento. Os dados coletados são armazenados em nuvem e permitem a geração de relatórios para acompanhamento da pandemia.
Segundo os pesquisadores, o resultado do teste molecular pode ser acessado em um aplicativo de celular em 30 minutos, enquanto outras técnicas têm um processo que leva até seis horas entre a extração das amostras e a liberação do resultado.
Os cientistas acrescentam que o dispositivo portátil utiliza estrutura laboratorial de baixa complexidade, o que permite a descentralização das testagens para laboratórios menores. Testes clínicos do equipamento apontaram para uma sensibilidade de 97% e uma especificidade de 100%, o que, segundo a Fiocruz, dá confiabilidade ao resultado.
A pesquisa para desenvolver o OmniLAMP é anterior à pandemia da covid-19 e começou em 2018, com foco no diagnóstico de dengue, zika e chikungunya. Com a chegada do novo coronavírus, em março deste ano, os pesquisadores direcionaram os esforços para tornar o dispositivo capaz de identificar o SARS-CoV-2.
Enquanto aguardam a certificação pela Anvisa, as instituições envolvidas discutem como se dará a produção dos dispositivos e kits de teste. A Visuri vai produzir os dispositivos portáteis, enquanto o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) pode ficar responsável pela produção dos kits.