O Brasil ultrapassou nesta sexta-feira (30) o Reino Unido em número de mortes por covid-19 por milhão de habitantes. O cálculo brasileiro está em 1.887,41 óbitos por milhão de habitantes enquanto que o britânico está em 1.881,96 mortos por milhão de habitantes. Os dados são da plataforma Our World in Data (Nosso Mundo em Dados).
Em coletiva na Organização Mundial da Saúde (OMS), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, faz apelo para países com doses extras de vacina contra covid ajudarem Brasil. Considerando as nações com mais de 20 milhões de habitantes, o Brasil está atrás apenas da Itália, com 1.993,72 mortes por milhão de habitantes.
No entanto, a grande letalidade do coronavírus na população italiana pode ser explicada pela população mais velha daquele país. A Itália é o país com a maior população idosa da Europa: 22,8% de seus habitantes têm 65 anos ou mais, de acordo com dados do Escritório de Estatísticas da União Europeia (Eurostat).
Já no Brasil, os idosos com mais de 65 anos representam 10,53% da população, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Social.
Estes dados mostram como a letalidade da covid-19 vem crescendo em 2021 no Brasil, o sexto país com maior população do mundo (212 milhões), atrás apenas de China (1,4 bilhão), Índia (1,3 bilhão), Estados Unidos (331 milhões), Indonésia (273 milhões) e Paquistão (220 milhões).
Na quinta-feira (29), o país alcançou a marca de 400 mil mortes provocadas pelo coronavírus, número até então atingido apenas pelos Estados Unidos.
No ranking geral de mortes por milhão de habitantes causada pela covid-19 – sem fazer recortes pelo tamanho da população – o Brasil fica em 12º lugar, atrás de Hungria (2.831,99), República Tcheca (2.727,90), San Marino (2.651,90), Bósnia e Herzegovina (2594,48), Montenegro (2.375,56), Bulgária (2.355,63), Macedônia do Norte (2.312,58), Eslováquia (2,133,29), Bélgica (2.086,78), Eslovênia (2.040,95) e Itália (1.993,72).
O coronavírus tem avançado rapidamente em 2021 sobre países do leste europeu, como Hungria e República Tcheca. Essas nações conseguiram segurar bem a primeira onda de infecções aplicando medidas de lockdown no início da pandemia, em março e abril do ano passado. Com informações do portal O Globo