A CPI do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) aprovou nesta quinta-feira (03) o relatório final, que pede o indiciamento de 28 pessoas, entre conselheiros, assessores, lobistas e empresários. A comissão agora deve encaminhar a órgãos de investigação pedidos de mais apurações.
Instalada em abril, a CPI investigou a suposta manipulação em julgamentos do Carf para favorecer empresas investigadas por crimes contra a Receita Federal. O esquema, investigado na Operação Zelotes, pode ter resultado em prejuízo de 19 bilhões de reais ao Fisco. Até o fim de novembro, a ação envolveu mais de 70 processos relacionados a montadoras de automóveis, dívidas de bancos e siderúrgicas.
Os indiciados já haviam sido anunciados em 26 de novembro, quando houve a primeira leitura do relatório final. O texto, de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), conclui que aconteceram crimes como sonegação fiscal, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Durante a análise, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) rejeitou o relatório justificando que a CPI não ouviu todos os envolvidos. Ele sustenta que apenas 30% das convocações de depoimentos aprovadas foram atendidas – das 65 oitivas, 57 foram aprovadas mas somente 17 foram efetivadas. (G1)