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Criação de nova sigla é cogitada após divergência de Bolsonaro com líderes do PSL

(Foto: Alan Santos/PR)

Depois de um vídeo divulgado na manhã desta quarta-feira (09) onde o presidente Jair Bolsonaro pediu que um homem não divulgasse gravação no celular, aumentam as especulações sobre possível saída do presidente da sigla. “Ó cara, não divulga isso, não. O cara, Bivar, está queimado para caramba lá. Vai queimar o meu filme também. Esquece esse cara, esquece o partido”, afirmou.

Movimento crescente nos últimos meses e brigas internas dentro do partido estão causando estresse internamente ao partido. Por telefone, Bolsonaro exigiu o comando de presidente do PSL (Partido Social Liberal), e garantiu a saída caso a situação continuasse neste ritmo. Luciano Bivar, presidente da sigla, negou e acusou Eduardo Bolsonaro de tentar destitui-lo do cargo antes mesmo das eleições internas do partido.

Neste cenário, dois caminhos já estão sendo discutidos. Um deles seria criar uma legenda do zero, a partir da coleta de assinaturas. Aliados do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) estão, inclusive, finalizando o estatuto dessa nova legenda. De acordo com a minuta com as premissas a serem adotadas, a sigla terá como princípios a “moralidade cristã, a vida a partir da concepção, a liberdade e a propriedade privada”.

O texto defende ainda o direito à legítima defesa individual, combate à sexualização precoce de crianças e à apologia da ideologia de gênero e defesa do legado da “moralidade cristã e da civilização ocidental”. Filiados estarão proibidos de fazer alianças com partidos da “esquerda bolivariana”.

Outra possibilidade é Bolsonaro migrar para outra legenda. Algumas delas já começam a se movimentar na tentativa de atrair o presidente. A ideia seria desembarcar num partido menor para promover uma reforma interna. Siglas como o Patriota e a UDN (União Democrática Nacional) são as opções mais prováveis no momento.

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