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Crise brasileira atrapalha combate ao desmatamento, diz Marina Silva

Ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva. (Foto: Danilo Verpa/Folhapress)

A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva disse na COP21 que a crise política e econômica do Brasil estão colocando em segundo plano os temas ambientais estratégicos em debate em Paris.

Marina criticou a falta de continuidade e aprofundamento de políticas criadas na sua gestão como ministra, como o PPCDAM (Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento). Para ela, o desmatamento aumentou 16% num momento “em que jamais isso poderia ter acontecido”, justamente quando o país assumiu o compromisso de reduzi-lo.

Ressaltou que a taxa de destruição deu um salto num momento em que a economia brasileira está em recessão, sendo que a redução de mais de 80% ocorrida anteriormente, de 2005 para cá, coincidiu com taxas de aumento do PIB de 4%-5%.

Marina disse que o governo precisa ter “tolerância zero” com o desmate ilegal: “O que é ilegal não tem como ter prazo de validade”, afirmou, referindo-se à meta brasileira de zerar só em 2030 as derrubadas feitas contra a lei.

“Esse dado está colocado desde sempre. Desde que se tem um governo de coalizão que não tem força de sustentação no Congresso, a agenda indígena, a agenda ambiental, a agenda de direitos humanos foi sempre colocada como moeda de troca.”

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