Enquanto tenta aproveitar a lesão de Lionel Messi para desbancar o argentino na briga pela Bola de Ouro da Fifa (a entidade máxima do futebol), Cristiano Ronaldo mantém a sua imagem de autoconfiança. No sábado (31), o português disse não se incomodar com os que torcem contra seu sucesso.
“Eu não sou a pessoa mais humilde do mundo, admito. Eu não sou falso, mas gosto de aprender. Não me importo com pessoas me odiando, porque isso me empurra. Quando vou jogar fora de casa, eles estão sempre contra mim, mas é bom”, comentou o craque em entrevista ao Times. “Eu preciso ter inimigos, faz parte do negócio. É uma motivação.”
Apesar da relação com aqueles que chama de “inimigos”, o camisa 7 do Real Madrid enalteceu a convivência que teve com o escocês Alex Ferguson, ex-treinador do Manchester United. “Quando o meu pai estava morrendo em um hospital de Londres [Inglaterra], eu pedi ao Ferguson: ‘treinador, eu quero ir’. Era um momento crucial da temporada, mas o Ferguson me disse: ‘futebol não significa nada comparado ao seu pai, pode ir’. Eu sempre vou ser grato por isso”, emocionou-se.
Vítima de uma doença no fígado causada pelo alcoolismo, o pai de Cristiano Ronaldo faleceu em 2005, aos 52 anos. “O meu pai era alcoólatra. Ele não era o pai que eu sonhei em ter. Eu o amei, claro, mas nunca tive uma boa conversa com ele”, lamentou. Sem o pai, o português trata o filho como um divisor de águas em sua vida.
O craque diz que se esforça para não mimar demais o filho de 5 anos. Foto: Reprodução
“O Cristiano [Júnior] me mudou muito. Eu sonhava em ter um filho com 25 anos, e ele realmente mudou a maneira que eu penso. Ele me apoia e sempre sorri”, revelou. No entanto, o atleta toma cuidado para não mimar demais o garoto de 5 anos. “É fácil ser mimado quando você acorda em uma grande e confortável cama, come iogurte com frutas e tem seis carros potentes na garagem de casa”, explicou.
Embora se baseie em uma rotina extremamente regrada, o comprometido jogador do Real Madrid admite alguns desvios. Segundo ele, tudo dentro da normalidade. “Todo domingo, nós comemos hambúrguer em casa e bebemos Coca-Cola e tudo. É preciso ter um equilíbrio”, encerrou.