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Presidente da Câmara dos Deputados promete travar ajuste fiscal para retaliar o governo

Peemedebista também prometeu uma “operação tartaruga” na tramitação do projeto que altera a desoneração da folha de pagamento. (Foto: André Dusek/AE)

De inimigo íntimo a adversário declarado, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), “jurou de morte” a medida que prevê a repatriação de aproximadamente 30 bilhões de dólares aos cofres da União. Também prometeu uma “operação tartaruga” na tramitação do projeto que altera a desoneração da folha de pagamento para diversos setores da economia. As duas propostas são cruciais para o sucesso do ajuste fiscal desenhado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

“Não vou ajudar o Julio Camargo [empresário que o acusou de pedir propina] a trazer dinheiro sujo lá de fora”, disse o parlamentar a um interlocutor, sobre o texto da repatriação de recursos. Após a notícia do rompimento, Levy disparou telefonemas a integrantes do primeiro escalão do governo, preocupado com o pacote para reequilibrar as contas públicas.

A presidenta Dilma Rousseff orientou seus ministros a não subir no ringue contra o ex-aliado, mas o Executivo atuará nos bastidores para enfraquecer a base política do peemedebista. A articulação política do governo cogita lançar mão da artilharia tradicional para tentar atrair seguidores do parlamentar: oferecer cargos e emendas.

Um importante ministro da chefe do Executivo comparou Cunha ao velho ACM. “Antônio Carlos Magalhães esbravejava igual, mas teve de renunciar no escândalo do painel eletrônico. Grito não segura se houver pecado.” (Natuza Nery/Folhapress)

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